Venham mais destes, Trincão!

Está num momento de forma notável - talvez o melhor desde que enverga a camisola dos leões - e voltou esta noite a demonstrar toda a sua capacidade desequilibradora. Abriu o ativo num remate cruzado a castigar um passe mal medido de Victor Gómez e partiu vezes sem conta (e com sucesso) para cima do seu opositor direto, Cristián Borja. No segundo tempo voltou a surgir no horizonte do internacional colombiano para fazer mais estragos com um centro primoroso para o golo de Gyokeres. De mão cheia!
 

Tal como o seu companheiro de flanco, o central leonino deu mais um passo firme rumo à afirmação na equipa de Rúben Amorim. Secou grande parte das investidas de Borja e companhia, iniciando e concluindo uma das jogadas mais espetaculares do encontro na cara de Matheus. Manteve a coesão defensiva durante a segunda parte mesmo com Álvaro Djaló a subir de rendimento e esteve ainda ligado ao tento de Gyokeres. Novo jogo, nova grande exibição do jovem central português. Não faz trivelas como o outro Quaresma, mas começa a maravilhar!

Demonstrou-se o habitual patrão da defensiva do Sporting. Autoritário na abordagem aos lances e assertivo a coordenar a juventude que o ladeava, Coates não deu grandes hipóteses a Abel Ruiz para trabalhar as jogadas que o SC Braga certamente planeava.

Surgiu a primeira vez logo na reta inicial com uma arrancada capaz de fazer estremecer pela primeira vez a defensiva arsenalista, num lance que acabou por não dar em golo de Pote. Não foi a melhor exibição desde que veste a «pele» do leão, mas o rendimento apresentado chegou para infernizar a vida a José Fonte e Paulo Oliveira. Picou o ponto com o terceiro golo e matou as (reduzidas) esperanças dos minhotos.

Exibição tão «silenciosa» como eficaz do internacional dinamarquês. Com Morita de regresso à dupla de miolo predileta de Amorim, Hjulmand foi vital na forma como o Sporting encostou os Gverreiros no seu último reduto. Capaz de pisar vastas áreas do terreno, secou a iniciativa do setor intermédio bracarense, sendo um dos principais responsáveis pela falta de poder de fogo que os visitantes apresentaram em quase toda a partida.

Não foi o único responsável - longe disso - e até tentou projetar-se no plano ofensivo, contudo a exibição de Victor Gómez ficou marcada pelo passe mal medido para a zona central da área que possibilitou o abrir do descalabro em prejuízo dos Gverreiros.

Até foi o principal agitador da equipa durante o segundo tempo, mas pecou num momento-chave do jogo, lance em que podia ter devolvido a esperança dos pontos à sua equipa. A somar a isso, esteve demasiado apagado e entregue à marcação durante os 45' iniciais.