A uma sexta-feira, o Sporting carimbou o apuramento para a 13.ª final na Taça de Portugal. Os leões venceram, esta tarde, o Leões Porto Salvo, por 1-3, e apanharam o primeiro comboio para o encontro decisivo, agendado para este sábado.
O encontro teve duas partes distintas, com um primeiro tempo mais repartido, antes de a equipa de Nuno Dias aparecer com outra cara na segunda metade. Mais agressiva, a equipa do Sporting subiu o nível e arrancou para uma exibição em constante crescendo, abrilhantada por duas pinceladas do artista Merlim.
O arranque de encontro correu de feição ao Sporting, que se adiantou logo aos dois minutos, por Diogo Santos. O golo madrugador podia ter galvanizado a equipa sportinguista para minutos de total domínio, mas não foi isso que se verificou.
Mantendo a cabeça fria, o conjunto de Porto Salvo não se desviou do plano traçado e foi capaz de equilibrar a contenda. Coesa defensivamente, a equipa de Cláudio Moreira soltou-se aos poucos no aspeto ofensivo e Mamadú Ture deu o primeiro aviso mais perigoso.
Depois de um quarto de hora de maior encaixe, os últimos cinco minutos foram um verdadeiro caos. Aos 15', depois de Henrique Rafagnin ter negado o golo com uma grande intervenção, o Leões Porto Salvo chegou mesmo ao empate com um remate forte de Wendell, na sequência de uma reposição lateral.
Logo a seguir, uma série de ataques e contra-ataques, com várias finalizações, sendo o remate de Zicky Té ao poste o principal destaque. Em cima do intervalo, a formação de Oeiras só não fez a reviravolta porque Rafagnin se agigantou para travar o remate de Ré, que combinou bem com Bruno Pinto.
Desde cedo o Sporting foi capaz de empurrar o Leões Porto Salvo para trás e assumir as despesas do encontro na segunda metade. Ainda assim, muito por culpa de uma enorme exibição de André Correia, mais contido nas saídas da baliza e intratável na defesa da mesma, a equipa foi resistindo ao cerco que a pouco e pouco foi montado pela turma de Alvalade.
Entre as defesas do guardião e uma bola de Hugo Neves devolvida pelo poste, o Sporting tinha dificuldades em traduzir no marcador a supremacia cada vez mais vincada na quadra. Até aparecer Alex Merlim. Em dois minutos, o ala italo-brasileiro resolveu a questão: aos 28', encarou o adversário no 1v1 na ala esquerda, ajeitou para zona central e disparou ao ângulo mais distante, um lance já caraterístico. No minuto seguinte, assumiu a marcação de um livre direto e descobriu o único espaço possível para fazer a bola passar e instalar-se no fundo da baliza adversária.
Incapaz de reagir de imediato, o Leões só deu sinais de vida quando Cláudio Moreira colocou o 5x4+GR em prática, a cerca de cinco minutos do final. Ruan Silvestre foi protagonista nesse momento, primeiro com um remate violento que a trave devolveu e depois com um falhanço ao segundo poste. Em ambos os casos, o ala podia ter reaberto a discussão, mas tal nunca veio a acontecer.
Detentor de nove títulos, o Sporting vai procurar a décima Taça de Portugal na 13.ª final. Já a partir do sofá, os leões vão descobrir ainda esta sexta-feira se do outro lado, na tarde de sábado, estará a ADCR Caxinas ou o SC Braga.
1-3 | ||
Wendell 15' | Diogo Santos 2' Alex Merlim 28' 29' |