Da produção fértil à aridez ofensiva. FC Porto B e Moreirense não foram além de uma igualdade a zero (0-0), em mais um duelo a contar para a ronda 29 da II Liga. Após a impressionante goleada infligida ao Benfica, os cónegos não saíram do nulo e juntaram-se aos dragões no clube da não concretização. Um problema de circunstância que não abala o topo e o sexto posto de cónegos e azuis e brancos.
Equilibrado, mas bem longe do brilhantismo, os 45' iniciais primaram pelo encaixe quase total entre as equipas. Os jovens dragões, mais atrevidos, ainda descobriram a espaços os portais para poder ferir o conjunto cónego. Sem o sucesso desejado.
Wendel Silva destacou-se como o elemento mais perigoso, deixando Gonçalo Borges em boa posição para atirar a contar. De resto, o avançado brasileiro continuou em foco no recurso à profundidade e provou ser a arma mais esclarecida de um FC Porto B, que voltou a ameaçar a vantagem, num belo cabeceamento de Abraham Marcus.
Sem perder o norte, o Moreirense revelou dificuldade para definir as jogadas no último terço e, à exceção do tiro madrugador de Gonçalo Franco, apenas a força aérea de Rafael Santos voltou a perigar a baliza de um atento Francisco Meixedo. Espaço e maior rasgo na definição, eram os ingredientes desejados para a segunda parte.
Um desejo que não se cumpriu. A pressão, certamente, pedida por Paulo Alves ao intervalo foi a melhor (e possível) adição a uma partida que os minhotos controlaram como nunca, ante um conjunto azul e branco a perder fulgor na transições para o ataque.
Por essa altura, Alanzinho ficou perto de bater a atenção redobrada de Meixedo, com Rodrigo Conceição e Vasco Sousa a responder, já depois da hora de jogo, à ameaça forasteira. Ambos os técnicos refrescaram vários setores, na procura de mexer o placard, só que o nulo teimou mais que as duas equipas e prevaleceu até ao derradeiro apito de Hélder Carvalho.
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