Houve um momento em que Ronaldo até passou pelo guarda-redes e atirou para a baliza deserta, só que ao poste. Foi, na noite do San Paolo, a ocasião em que mais pareceu que o português iria terminar com o seu ciclo de jogos sem marcar na Liga dos Campeões. Mas não, ainda não foi desta.
Mais 90 minutos sem fazer aquilo que, individualmente, mais gosta e novamente o redondo número dos 100 golos na competição à distância de cinco. São agora 613 minutos sem fazer golo, precisamente desde a deslocação a Dortmund, na segunda jornada da fase de grupos (2x2). Desde aí (e fez todos os minutos), Ronaldo não voltou a marcar.
Para se encontrar uma sequência maior é preciso recuar até aos tempos de Manchester, sendo que esta seca em muito se assemelha à de 2008-2009, quando, desde a final de Luzhniki (1x1) até aos oitavos de final diante do Inter (2x0), o português esteve 615 minutos sem balançar a rede.
Bem pior foi a série até Ronaldo marcar pela primeira vez na prova milionária, o que só aconteceu na quarta época, ao 27.º jogo, isto num total de 2 033 minutos até se estrear nos golos na Liga dos Campeões - surgiu no 7x1 à Roma, em abril de 2007 (7x1).
Ora, perante este cenário de seca de golos, podemos falar de uma crise milionária para o português? Talvez, porque o habitual é mesmo ver Ronaldo a marcar.
1-3 | ||
Dries Mertens 24' 57' (p.b.) | Sergio Ramos 51' Álvaro Morata 90' |