Oléééééééééé (4x0)

Magnífico!! Escreveríamos a palavra de fio a pavio nesta crónica para descrever a nova campeã da Europa. Na reedição do primeiro jogo do Grupo C, a Espanha foi mais forte e ganhou por 4x0, em Kiev.

A Itália não foi capaz de anular o tiki e travar o taka e permitiu que nuestros hermanos fizessem história: Três títulos nas últimas três grandes competições de seleção. Assim é a Espanha que foi «triturando» os adversários até à conquista da Europa. Fantástico!

O «baile» espanhol deu «sono» aos italianos

«La gente canta con ardor, Que Viva España.» Traduzindo: «A gente canta com alegria, que viva a Espanha», assim canta Manolo Escobar, assim festejam os espanhóis.

Na noite das estrelas, em Kiev, a Espanha entrou a grande velocidade e muito perigosa, face a uma seleção sempre difícil de defrontar como é a equipa transalpina. Os espanhóis, sempre com o seu futebol rendilhado, não demoraram até deixar a primeira ameaça aos italianos. Minuto 10 em Kiev, a bola passa por Xabi Alonso, Iniesta, Fàbregas e termina no pé direito de Xavi Hernández que, de pronto, rematou para a baliza Buffon.

Da ameaça ao primeiro golo passaram quatro minutos. David Silva marcou de cabeça, após um cruzamento de Fàbregas, em esforço. 1x0 e a Itália a ver a sua vida andar para trás.

As dificuldades transalpinas aumentaram quando Prandelli, pouco tempo depois de sofrer o golo, teve de retirar Chiellini, por lesão.

A Itália defendia-se como podia e tentava responder. Aos 33 minutos, Cassano esteve à beira do empate. Remate em força do avançado do AC Milan e Casillas a desviar a bola de forma incompleta, mas eficaz.

Ora, dizem que «quem não marca, sofre». Dito e feito, por Jordi Alba.

Aos 41 minutos, o defesa esquerdo fez o 2x0. O reforço do Barcelona foi lançado por Xavi, ultrapassou dois adversários e, perante a saída de Buffon dos postes, deu um toque subtil na bola.

Até ao intervalo, a Itália ainda tentou o golo da esperança, mas sem efeito.

Segunda parte ingrata para a Itália

No segundo tempo, a Espanha continuou a mostrar classe perante uma Itália que entrou de braço dado com o azar. Lá diz o ditado que «um azar nunca chega só». Pois não, deve dizer Cesare Prandelli. 

O selecionador italiano esgotou as alterações aos 56 minutos, com a entrada de Thiago Motta, um jogador que se lesionou após algum tempo em campo.

A Itália passou a jogar com 10. Pedia-se espírito de luta aos transalpinos, numa altura em que em Kiev já se ouviam «vivas» a Espanha.

Até ao final, a Itália não conseguiu mudar o rumo da história e ainda sofreu mais dois golos, de dois jogadores que saltaram do banco.

Fernando Torres fez o 3x0, aos 84 minutos. El Niño voltou a marcar numa final, depois de 2008. Mas, Juan Mata também entrou na festa e conseguiu marcar um golo. 4x0. Goleada à moda espanhola, golpe duro para os transalpinos.

A Espanha era o alvo a abater, mas abateu tudo e todos. Agora «La plaza por si sola vibra ya y empieza nuestra Fiesta Nacional». Traduzindo: «A praça já vibra e começa a nossa festa nacional».

E pronto, foi assim a final do Euro 2012. Daqui a quatro anos há mais.