O Famalicão venceu na visita a Rio Maior (casa emprestada do Casa Pia) por 0-2 e juntou-se ao top-7 da Liga Portugal Betclic, cada vez mais perto dos restantes clubes minhotos - Moreirense, Vitória SC e SC Braga. A partida terminou com uma vitória justa da equipa que se mostrou mais ambiciosa e acabou sublinhada pelo talento dos jovens famalicenses.
Com este resultado, os gansos permanecem na oitava posição (19 pontos), enquanto o emblema minhoto ultrapassa o Casa Pia e Farense e salta para o sétimo lugar (22 pontos).
Em relação ao jogo, ambos os técnicos operaram poucas mexidas: Pedro Moreira mexeu apenas em uma peça relação à vitória em Moreira de Cónegos (saiu Soma e entrou Pablo Roberto), ao passo que, João Pedro Sousa também apenas realizou uma mexida (entrou Otávio para a saída de Justin de Haas)
A palavra que melhor descreve o primeiro tempo, ainda que com motivações distintas. Tanto Casa Pia como o Famalicão (até ao golo) estiveram em fora de jogo durante os primeiros 45 minutos.
Enquanto os gansos foram uma nulidade do ponto de vista ofensivo - zero remates à baliza - e raramente mostraram ambição para abrir o ativo, o Famalicão revelou muitas dificuldades em sair da teia do fora de jogo da equipa lisboeta. De resto, em 26 minutos, os visitantes foram apanhados por quatro vezes em fora de jogo.
Para além disso, o jogo - morno, tático e com poucas oportunidades - apenas agitou com os protagonistas a surgir. Gustavo Sá e Chiquinho - depois de dois trabalhos individuais inconsequentes - acabaram por estar ligados ao primeiro golo da partida.
O jovem criativo de apenas 19 anos cruzou tenso, João Nunes - muito bem até ao lance do golo famalicense - aliviou a bola para zona proibida onde surgiu Chiquinho que, após dominar, rematou forte para o primeiro: praticamente um penálti em movimento.
Na segunda parte, o jogo mudou ligeiramente - em desvantagem, o Casa Pia foi em busca do golo -, contudo, com mais espaço, também houve mais Famalicão e o fim de todas as dúvidas.
Depois de um arranque interessante do conjunto da casa - Ângelo Neto, de fora de área, atirou um foguete ligeiramente ao lado -, a equipa famalicense respondeu com praticamente 100 por cento eficácia. Não obstante, primeiro, deu um aviso sério: Chiquinho, sempre o mais irriquieto, foi lançado em profundidade e encontrou Théo Fonseca para o segundo, mas o lance acabou invalidado por posição irregular de Chiquinho (85 centímetros em fora de jogo).
Dois minutos depois, num estilo semelhante, Cádiz foi descoberto por Gustavo Sá - passe espetacular do jovem criativo a rasgar a defensiva lisboeta - e não vacilou na cara de Ricardo Batista.
Até final, o Casa Pia tentou responder, mas foi o Famalicão quem mais esteve perto de marcar, sendo que, Ricardo Batista ainda foi a tempo de ser expulso após um passe atrasado de Soma ter obrigado o guardião a derrubar Henrique Araújo, que seguia isolado para anotar o terceiro da tarde.
Gustavo Sá - acabou por ser decisivo em ambos os golos - e Chiquinho - sempre dos mais expeditos, acabou por ser fulcral no primeiro tento - são, provavelmente, os dois maiores talentos em Famalicão e confirmaram isso mesmo em Rio Maior. Excelente exibição dos criativos famalicenses.
Poucas oportunidades, escassos lances de grande criatividade e, em suma, pouco espetáculo. Nota, ainda assim, para o Famalicão que foi quem mais procurou remar contra a maré.
Arbitragem tranquila de Fábio Melo e sem grandes casos a apontar.