Os destaques do Rangers - Benfica, a contar para a 2ª mão dos oitavos de final da Liga Europa, que as águias venceram por 0-1.
Numa partida onde se anteviam dificuldades de maior face à pressão e natureza física do Rangers, João Neves segurou «as pontas» da equipa nos bons e maus momentos. Conferiu transporte para o ataque sempre que conseguiu, foi uma ajuda gigante a Florentino no momento de cobertura defensiva e ainda teve o discernimento para serenar o ritmo da partida nos instantes finais. Inacreditável a preponderância que tem na manobra de Roger Schmidt...
Não foi o melhor jogo do internacional português, face às várias bolas perdidas e à hesitação nos momento de decidir no último terço. No entanto, apareceu de forma decisiva na altura em que a equipa mais precisava e não tremeu no frente a frente com Jack Butland. Carimbou a passagem do Benfica!
Ao lado de um Otamendi algo precipitado na forma como abordou os lances de ataque da turma escocesa, António Silva mostrou nervos de aço. Saiu a jogar com uma frieza arrepiante - não se livrou de um ou outro susto - e foi sinónimo de limpeza perto da baliza à guarda de Trubin. Controlou bem as incursões de Fábio Silva e Ridvan Yilmaz, fruto das boas dobras que foi fazendo a Bah.
O omnipresente do costume. Novamente no lado esquerdo da defesa, Ausrnes não se atemorizou com o ritmo frenético do ataque escocês. Com Scott Wright pela frente, dividiu os duelos ganhos, mas acabou por cima ao ser um extensor da equipa encarnada para o ataque nos últimos 20'. Muito para lá de útil!
Titular pela terceira vez consecutiva - algo inédito esta época -, Florentino foi garante de consistência e discernimento no capítulo do passe e não só. Foi um tampão autêntico pela forma como foi desarmando os oponentes que lhe foram surgindo pela frente. O tino que por vezes tem faltado ao Benfica, durante a temporada.
De longe, a unidade mais esclarecida do ataque protestante. Teve nos pés a primeira situação da sua equipa e assumiu-se como o principal «espalha brasas» do Rangers, caraterística que não teve o devido acompanhamento dos companheiros de ataque. Fábio Silva foi a exceção, até que a exaustão se apoderou do português.
É o defesa mais influente da Europa, no que a contribuições para golo diz respeito, mas, esta noite, apesar da participação ofensiva, não foi capaz de extrair o melhor do seu jogo. Errático nos seus famosos cruzamentos, demonstrou permeabilidade pelo seu flanco, sobretudo a partir do momento em que o Benfica se colocou em vantagem.
Teve o apogeu individual no quarto de hora inicial da segunda parte, mas perdeu-se com o passar dos minutos e passou dificuldades mesmo com um Di María desgastado pela frente. Os últimos minutos foram a prova viva da descida abrupta de rendimento com várias ligações falhadas com Fábio Silva.
0-1 | ||
Rafa Silva 67' |