Contra o adversário mais complicado até agora, eis que surge a primeira derrota do FC Porto nesta pré-temporada. 3x0 frente ao PSV, um resultado demasiado pesado para o que aconteceu na partida. Erros de Felipe, falta de capacidade para criar oportunidades, mas processos interessantes para os dragões frente aio campeão holandês, que recentemente também venceu o Sporting por 5x0.
Novamente nesta partida, tal como na anterior, ficou visível que André Silva é boa solução para o ataque, mas falta alguém que dê mais peso e acutilância entre os centrais adversários. O mercado está aberto e o FC Porto tem de começar a olhar com mais urgência para a questão do ponta de lança.
Tal como se tinha visto frente ao Osnabrück, os dragões entraram bem na partida. Com Evandro a jogar como trinco e com Otávio na esquerda, o FC Porto tinha bola e sabia o que fazer com ela. Muitas vezes sob a batuta de João Carlos Teixeira a equipa apresentava boas movimentações mas, mais uma vez, pecava na criação de oportunidades. André Silva esforçava-se para dar linhas de passe, mas depois não dava solução entre os centrais.
Com mais ritmo de jogo, foi normal ver o PSV a equilibrar as contas. Foi nessa altura que Felipe ia mostrando qualidade. Forte nas antecipações e implacável pelo ar o central ia rubricando uma boa exibição. Só que, essa boa partida, ficou manchada com dois erros que mostram que, apesar de estar com ritmo de jogo, o antigo jogador do Corinthians ainda está a adaptar-se ao clube e às exigências do futebol europeu. Primeiro ofereceu a bola ao ataque do PSV e não se posicionou bem no primeiro golo. Depois abordou mal um lance, obrigou Herrera a fazer falta e, na marcação desse livre, ainda foi fazer um auto-golo. É certo que os erros são para fazer na pré-temporada, mas Felipe sabe que tem a missão de ser o patrão da defesa portista.
Os golos afetaram a equipa e, mesmo com jogadores que sabem ter a bola, o PSV tomou conta do jogo. Ainda que sem permitir grandes oportunidades, ficou notório que o FC Porto ainda procura os melhores processos, especialmente no setor ofensivo.
As alterações de Nuno Espírito Santo, que apenas não trocou José Sá na baliza, pareciam que iriam dar mais acutilãncia ao FC Porto, mas numa rápida jogada de contra-ataque o PSV fez o terceiro golo, transformando resultado numa injustiça de valores.
Não está tudo mal neste FC Porto. Há bons processos e uma dinâmica que a equipa não tinha na temporada passada. Falta afinar a defesa e, talvez, dar músculo a este ataque.
Entrou bem o FC Porto na segunda parte. Com movimentações ofensivas de qualidade e com os laterais a assumirem uma versão mais ofensiva, os portistas estiveram por cima. Novamente faltou a criação de oportunidades.