No final da partida que culminou com a derrota de Portugal frente à França (0-1), que ditou a descida de divisão da equipa das Quinas na Liga das Nações, Francisco Neto mostrou-se inconformado com o desfecho da partida e com o destino competitivo da seleção lusa.
«Estou frustrado. A minha sensação é de que nem o empate merecíamos, quanto mais a derrota. A frustração é ainda maior por aquilo que fizemos, com momentos bons e menos bons. Conseguimos competir ao mais alto nível e merecíamos ficar na Liga A. Não aconteceu e essa é a maior frustração. Sobre o jogo, acho que é fácil analisar», começou por dizer.
«O balanço é de que mostramos capacidade para competir olhos nos olhos com as melhores equipas do mundo. Tivemos muitos momentos em que estivemos por cima dos adversários, exceção para o jogo na Noruega, e criámos sempre muitas oportunidades. Do ponto de vista negativo, faltou-nos consistência em alguns momentos e não conseguimos ser competentes o suficiente para concretizar tudo o que criamos», prosseguiu.
«É um sentimento agridoce. Chegamos a setembro cheio de ilusões, a acreditar que era possível e, sinceramente, não senti que os adversários fossem muito superiores a Portugal. Isso reforça ainda mais a ideia de que quando traçamos o objetivo era um objetivo real. Não andamos a vender sonhos às jogadoras. Sinto uma evolução muito grande na ideia de jogo e na mentalidade a jogar contra as melhores equipas. Isso dá tranquilidade para o futuro», garantiu.
A concluir, o selecionador nacional sublinhou ainda a necessidade de implementar VAR, nas competições femininas internacionais. Um comentário tecido na sequência do erro de avaliação que impediu o golo de Telma Encarnação, por fora de jogo de Tatiana Pinto.
«Tenho de concordar que as competições no feminino deviam ter VAR. Dou o exemplo da nossa federação, que numa liga não profissional consegue disponibilizar VAR», disparou.
0-1 | ||
Grace Geyoro 90' |