Falta um mês para o fecho do mercado, mas apenas uma semana para o arranque oficial da temporada 2015/2016, que abre com a Supertaça entre o campeão Benfica e o vencedor da Taça de Portugal, Sporting. Por isso, pouco tempo resta aos jogadores para tentarem convencer os treinadores.
Assim, o zerozero.pt decidiu analisar os plantéis de Benfica, Sporting e FC Porto. Não estando na cabeça de Rui Vitória, Jorge Jesus e Julen Lopetegui, traçamos aqui um olhar sobre aquilo que podem ser as últimas movimentações no plantel e, mais especificamente, aqueles que estão na corda bamba e que têm uma derradeira oportunidade.
FC Porto
Os dragões estão na Alemanha para disputarem a Colónia Cup. Lopetegui tem finalmente o grupo completo, depois da chegada de Herrera, e, com dois jogos em dois dias, poderá utilizar todos os atletas à disposição.
Na baliza, Ricardo Nunes está praticamente descartado. O português não fez qualquer minutos nos amigáveis até agora e deverá sair, com Casillas e Helton a disputarem a baliza e o jovem Gudiño funcionando como terceira opção, enquanto ganha calo na equipa B.
O setor defensivo vive muito na dúvida relativa ao mercado. Caso os dragões cheguem à aquisição de um central e/ou defesa esquerdo, Lichnovsky e José Ángel deverão sair, num setor onde Maxi, Ricardo Pereira, Maicon, Marcano, Martins Indi e Alex Sandro têm lugar garantido.
O meio-campo, que ainda espera por um criativo para concorrer com Bueno, não deve sofrer mais alterações. No máximo, poderá existir uma vaga excedentária, à qual Evandro é candidato. Ainda assim, o cenário é pouco provável.
Por fim, o ataque vive ainda à espera de um goleador. Aboubakar é, para já, o homem para a posição 9 e tem a concorrência de André Silva, que vai dando boas indicações a Lopetegui. Contudo falta um nome de peso para concorrer com o camaronês, nome esse que estará próximo de ser contratado. Nas faixas, Varela, Tello e Brahimi são certos e Hernâni, a menos que saia (cobiçado pelo Olympiacos), preenche a última vaga. Sobra Adrián López, muito provavelmente sem espaço no grupo - esta será realmente a derradeira oportunidade.
Sporting
Jorge Jesus apresentará a equipa aos adeptos no Troféu Cinco Violinos diante da Roma. Um teste exigente e que pede uma versão já muito próxima daquela que o técnico quererá apresentar no Algarve, frente à sua antiga equipa.
A baliza é o setor que, a menos que exista uma hecatombe, estará fechado. Rui Patrício como número 1, Boeck é o 2 e Ažbe Jug o terceiro da hierarquia.
Na defesa, há a dúvida sobre o futuro de Jefferson, que tem mercado e pode ser vendido caso apareça uma verba interessante. Se isso não acontecer, existem dois por posição, com um central excedentário, embora com a lesão de Ewerton a condicionar. A opção poderá ser a de ficar com os cinco (Ewerton, Paulo Oliveira, Tobias, Ciani e Naldo) ou de ceder um para rodar. Nesse caso, Tobias será a opção mais lógica, pela margem de progressão que tem.
A meio, a cobiça é muita e William, João Mário e Adrien Silva são peças ativas para o mercao. Se algum sair, os leões irão ao mercado. Caso não saiam, a opção de comprar outro atleta, para a posição 6, é igualmente hipótese. Contra a Roma, Rúben Semedo tem uma boa oportunidade para se considerar opção, num plantel onde André Martins e Wallyson parecem certos e Rosell uma carta quase fora do baralho.
Por fim, o ataque tem Ruiz, Montero, Gutiérrez certos, Slimani em dúvida pelo mercado e ainda outro dianteiro (Mitroglou) cobiçado. Tanaka jogará o seu futuro, tal como acontece com Iuri Medeiros e Capel nas alas, onde Carrillo, Gelson e Mané são certos, por agora.
Benfica
Rui Vitória realiza o derradeiro jogo de preparação frente ao Monterrey, na Eusébio Cup, ainda com várias incertezas, quase todas por causa da especulação de mercado.
Com uma baliza fechada (Júlio César, Ederson e Paulo Lopes), as dúvidas são mais à frente.
Do lado direito da defesa, urge perceber se Sílvio está apto fisicamente para corresponder às expectativas de substituir Maxi Pereira, se bem que André Almeida e Nélson Semedo sejam cartas a ter em conta. O centro da defesa, com Luisão, Jardel, Lisandro e Lindelof, parece estagnado, ao contrário do lado esquerdo, onde Marçal ainda não sabe se faz concorrência a Eliseu.
O meio campo conta com Samaris, Fejsa, Cristante, João Teixeira e Pizzi, que serão suficientes para duas (ou três) vagas. Guzzo, sem minutos até agora, estará mais fora do que dentro do plantel e Djuricic pode ter a chave da continuidade (ou saída) neste desafio contra os mexicanos.
O mesmo acontecerá com Ola John. O holandês continua a não ser convincente na regularidade e o clube poderá ver com bons olhos a sua saída, caso chegue uma proposta interessante. Gaitán mantém-se como dúvida pela imensa cobiça e a sua saída implicará nova compra, mesmo depois da chegada de Bilal. Nuno Santos vai tentar voltar a mostrar pontos positivos, assim como Nélson Oliveira, por agora o terceiro avançado na hierarquia.