Aperta o cerco ao líder. O FC Porto venceu o Estoril Praia (2x1) e encurtou distância para o Benfica. A missão na Amoreira não foi nada fácil para os dragões, complicada pelas apostas iniciais de Nuno Espírito Santo. Contudo, as alterações promovidas no segundo tempo pelo técnico dos dragões, além da entrada de Brahimi ainda no primeiro tempo, revolucionaram por completo o filme do jogo. André Silva abriu caminho, Jesús Corona ampliou a vantagem e Dankler reduziu mesmo perto do final. Simples.
Houve alguma intensidade a meio-campo, é verdade, mas muitas decisões erradas que prejudicaram o espetáculo. Nuno Espírito Santo apostou num 4x4x2 clássico, sem extremos de raiz, com André André e Hector Herrera a fixarem-se mais nas alas e uma dupla de ataque composta por André Silva e Diogo Jota.
O esquema não funcionou e quando parecia que o treinador portista ia arriscar mais, ao soltar mais a equipa... Nuno Espírito Santo tirou Diogo Jota, que até estava a imprimir velocidade na frente, para colocar Brahimi, precisamente, lado a lado com André Silva. Ou seja, manteve o esquema e mudou apenas uma peça. Sem explicação.
Após uma primeira parte paupérrima, o segundo tempo melhorou um pouco, sobretudo depois das entradas de Corona e Rui Pedro para os lugares de Óliver e Herrera. Os dragões ganharam um maior poder de fogo na frente e estiveram por diversas vezes na cara do golo.
O fluxo não diminuía e Carmona lançou Dankler para aguentar a pressão portista. Os homens de Nuno ameaçaram várias vezes até que chegaram mesmo ao golo, no seguimento de um passe genial de Brahimi para André Silva. O avançado português foi travado em falta por Moreira, Manuel Oliveira assinalou penalty e o internacional português não desperdiçou a grande penalidade.
Jesús Corona dilatou a vantagem em cima do apito final, depois de fazer uma grande maldade a João Afonso, tento que deixava Nuno Espírito Santo muito mais descansado. O Estoril ainda reduziu por Dankler, aos 90+2, mas já não foi a tempo de conseguir um resultado positivo.
Brahimi regressou da Taça das Nações Africanas (CAN) revigorado. O extremo entrou em campo ainda na primeira parte para o lugar de Diogo Jota e revolucionou o jogo no segundo tempo. O passe magistral para André Silva, aos 81 minutos, terminou numa grande penalidade convertida por André Silva, a castigar falta de Moreira sobre o camisola 10. Importantíssimo para o FC Porto lograr o triunfo na Amoreira.