Deixou de acompanhar JJ e regressou ao Flamengo: «Volto para um clube em que também sou adepto»

Pode ter passado despercebido no meio dos muitos nomes que compuseram as equipas técnicas de Jorge Jesus, mas Mário Monteiro foi, de forma indubitável, um dos homens de maior confiança do técnico português na sua comitiva.

Ao todo foram 16 anos juntos, desde os tempos do Belenenses, numa ligação que terminou aquando da partida do treinador amadorense para o Fenerbahçe. Era altura de encerrar uma longa carreira, até que... reapareceu o Flamengo a sugerir-lhe a integração na equipa técnica de Vítor Pereira.

«Só voltei ao Flamengo porque era o clube em que eu gostava de estar. Ou eu trabalhava aqui, ou então numa seleção nacional: portuguesa ou brasileira. Com 30 anos a trabalhar na primeira divisão, posso dizer que volto para um clube em que também sou adepto», admitiu Mário Monteiro, em palavras dirigidas à Fla TV, canal do emblema brasileiro.

Pelas declarações do preparador físico, ligações sentimentais aos clubes por onde passou não costumam ser frequentes, numa postura que se alterou assim que aterrou no Rio de Janeiro e que o seu regresso confirmou: «As expectativas são muito altas. Tudo tem a ver com o apoio que o público tem dado no meu retorno. Não é normal na minha carreira. Foi algo muito inesperado.»

Inesperado foi também reencontrar Rui Quinta, um velho conhecido dos bancos de suplentes, que integra a mesma equipa técnica, mas que não escapou às dividas de um passado em Portugal.

«É meu colega desde 1986, somos colegas de longa data e fomos adversários diretos. Inclusive, tenho algo a lhe cobrar, porque me roubou dois títulos», disparou Mário Monteiro em jeito de brincadeira para Rui Quinta, imediatamente a seu lado, na primeira vez que é entrevistado, desde que regressou ao Brasil.