Cinco razões para os benfiquistas acreditarem no título

Em três jogos frente ao Sporting esta temporada, o Benfica já provou o sabor da vitória, derrota e empate. Aconteceu um pouco de tudo, ainda assim é justo dizer que o último duelo - o 2-2 desta terça-feira - foi o jogo em que a águia se apresentou melhor frente ao rival.

Mesmo não tendo vencido, ao contrário do que aconteceu na primeira volta do campeonato (2-1), a equipa de Roger Schmidt revelou-se dominante em vários momentos do jogo e deixou o leão desconfortável, algo que raramente aconteceu em 2023/24.

A exibição do primeiro dérbi da semana fez por merecer melhor desfecho na Taça de Portugal, de maneira que uma repetição da mesma pode colocar a equipa encarnada no caminho de um resultado favorável para as ambições na Liga.

Como sabemos, falar do Benfica é falar do campeão nacional. Sob o comando de Roger Schmidt, a águia levantou o troféu relativo a 2022/23 e a conquista do mesmo pelo segundo ano consecutivo não é de todo descabida, tal como a história da competição demonstra. 

Já não é a mesma equipa, com a saída de algumas peças, mas ainda mantém o espírito vencedor e este é bem mais prevalente que o do maior concorrente nesta corrida ao ouro: um Sporting com tendência a deixar intervalos de vários anos entre cada Liga conquistada. O bicampeonato, ou «39», é, mais do que um desejo, uma exigência dos adeptos.

Já lá vão oito anos desde a edição de 2015/16 da Liga, a última verdadeira corrida ao título entre Benfica e Sporting. Uma inesquecível campanha que começou com Jorge Jesus a trocar de lado e acabou com os encarnados, comandados por Rui Vitória, a celebrar um tricampeonato.

Também nessa temporada o Sporting liderou a tabela durante muito tempo, até ao dia em que o Benfica, com um golo solitário de Mitroglou, foi a Alvalade vencer por 0-1 e assim ultrapassou o rival na tabela. Depois disso venceu todos os jogos até ao fim da época, sagrando-se campeão.

Uma memória feliz, que os adeptos encarnados quererão ver repetida. Para tal, será importante um Benfica incapaz de desistir, como já aconteceu no jogo da primeira volta desta campanha (2-1), em que João Neves e Tengstedt consumaram uma reviravolta bem para lá dos 90 minutos.

Se o Sporting tem ao seu dispor um dos melhores plantéis da sua era moderna, o Benfica tem, tal como foi tantas vezes referido antes do arranque da temporada, um dos melhores grupos da história do futebol português.

São dois campeões do mundo em título, jovens com condições para chegar aos tubarões europeus e vários internacionais A por diferentes seleções. O dinheiro das vendas foi reinvestido num plantel que ambiciona até a glória europeia, além do sucesso doméstico...

É por isto que Schmidt chega a uma fase decisiva da temporada com opções de sobra para rotação. Nomes como Morato, João Mário, Kokçu, Arthur Cabral e Marcos Leonardo começaram no banco frente ao Sporting (a maior parte nem de lá saiu) na terça-feira e esse é um luxo que pode recompensar a águia numa altura em que o calendário aperta com jogos decisivos.

Neste quinto ponto, reforçamos uma vez mais a importância de uma vitória no dérbi deste sábado para as ambições encarnadas na Liga. Nesse sentido, recuperamos um dado estatístico que pode surpreender muitos adeptos.

Ora, o Benfica supera o Sporting na história dos dérbis disputados na Primeira Liga: antes deste 180º duelo, o registo é de 83 vitórias das águias, 49 dos leões e 47 empates. 308 golos marcados para apenas 244 do rival.

Mas essa não é a parte surpreendente. O dado ainda mais relevante para esta lista é o facto do Benfica também ter um histórico feliz quando tidos em conta apenas os dérbis disputados no reduto do rival. Para a Liga, o Benfica perdeu 33 vezes nas visitas à casa do Sporting... mas venceu 34! Também aí marcou mais (127-129).