Reviravolta estorilista no fecho da 32.ª jornada da Liga NOS. O Chaves entrou a vencer na Amoreira, mas acabou por permitir a cambalhota no marcador a favor da equipa da casa. Este resultado permite ao Estoril celebrar a manutenção no principal escalão do futebol português e agrava o ciclo negativo da turma de Ricardo Soares.
Primeira parte bastante interessante na Amoreira com as duas equipas a praticarem um futebol atrativo. É de sublinhar que o Estoril de Pedro Emanuel é uma equipa completamente diferente da de Fabiano Soares e de Pedro Gómez Carmona. Os canarinhos jogam com muito mais critério e não dão nenhum lance como perdido. Uma autêntica metamorfose.
Ainda assim, no lado oposto, uma equipa também muito bem estruturada e composta por jogadores de fino recorte técnico. O espetáculo estava prometido e o primeiro tempo não foi mais do que uma boa mostra do potencial de ambas as equipas, sendo que a diferença passou exclusivamente por uma ligeira superioridade do Chaves.
A confirmar esse ascendente, a turma de Ricardo Soares chegou ao golo aos 22 minutos, através de um livre sensacional de Bressan. O internacional bielorrusso aproveitou um livre à entrada da área dos estorilistas, a castigar falta de João Afonso sobre Hamdou, e bateu Thierry. Sem espinhas.
O resultado não agradava de todo ao Estoril, que precisava de pontuar para garantir, esta segunda-feira, a manutenção no principal escalão do futebol português. Tendo certamente isso em mente, o Estoril colocou o pé no acelerador e apertou o Chaves.
Kléber esteve perto de empatar a partida, aos 49 minutos, mas atrasou-se no cruzamento de Licá. O primeiro aviso estava dado e, pouco depois de Thierry brilhar ao defender remate de William, o recém-entrado André tonou tudo mais Claro para os estorilistas. Bela jogada da equipa da casa a terminar num remate pleno de intenções de André Claro.
O empate ajudava, a vitória era a cereja no topo do bolo. António Filipe cometeu falta sobre Kléber, quando este ficava isolado, e a dúvida era só uma: dentro ou fora da área? Tiago Antunes considerou fora e expulsou o guardião dos flavienses.
Livre frontal e Matheus colocou a bola no fundo das redes. Os canarinhos estão finalmente livres da despromoção.
O médio brasileiro está um jogador cada vez mais maduro e hoje foi um dos principais responsáveis pela cambalhota no marcador. O golo que apontou de livre foi fantástico e não deu margem de hipótese a Emanuel.