Tal como se previa, o ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho foi absolvido no caso da invasão a Alcochete, em maio de 2018. O antigo dirigente era acusado de ser o autor moral da situação, mas, depois do Ministério Público ter pedido a absolvição, a juíza responsável pelo caso considerou que não ficou provado o envolvimento de Bruno de Carvalho.
Em relação ao incitamento, através das críticas públicas e dos posts de facebook, foi considerado que não é possível estabelecer uma relação «causa-efeito» com a invasão, nem mesmo com a frase «façam o que quiserem», dita por BdC aos elementos da Juve Leo numa reunião.
Para além de Bruno de Carvalho, também o conhecido adepto «Mustafá» e Bruno Jacinto, o ex-oficial de ligação aos adeptos da anterior direção leonina, foram absolvidos, com o Tribunal a considerar que não ficou provado qualquer facto.
No sentido inverso, o tribunal de Monsanto considerou quatro dos arguidos culpados de «introdução em local vedado ao público». Os restantes foram condenados de 17 crimes de ofensa qualificada e 11 de ameaça agravada. As penas variam entre os cinco anos com pena suspensa, sendo que há cinco arguidos que foram condenados a penas de prisão efetivas de cinco anos. Dentro destes cinco está Fernando Mendes, antigo dirigente da Juve Leo.
A invasão de Alcochete aconteceu a 15 de maio de 2018. Um grupo de cerca de três dezenas de adeptos entrou na academia do Sporting e agrediu vários jogadores e elementos técnicos dos leões. As agressões ocorreram na reta final da temporada 17/18, dias antes da final da Taça de Portugal que os verde e brancos acabariam por perder frente ao Desportivo das Aves. Vários jogadores acabaram por rescindir após o sucedido e a própria direção de Bruno de Carvalho viria a ser destituída alguns meses mais tarde.