Bê voltou e iluminou o caminho

Joga muito. Qualquer espetador que não esteja habituado a ver o melhor jogador do mundo em 2022 acaba, mais tarde ou mais cedo, por soltar estas palavras nos primeiros minutos após conhecer Bê Martins. Foi esta a sensação que tivemos depois de dois jogos muito complicados na qualificação; ao terceiro, com Bê de regresso após problemas físicos, o mais conseguido dos jogos até agora.

É certo que o adversário também seria, em teoria, o mais acessível. A Grécia acabou por ser derrotada (5-1) de forma natural e depois de conseguir saltar da Ronda Preliminar para a Fase de Grupos Principal, sai de cena sem qualquer ponto conquistado. Em sentido contrário surge Portugal, com três vitórias em três jogos, nove pontos, primeiro lugar carimbado e final com a Dinamarca marcada para domingo.

Contra os gregos, porém, a tarefa começou amorfa no primeiro período, mas soltou-se no segundo. Bê Martins deu o mote com um golo, assistindo para Jordan depois e bisando segundos depois. No espaço de três minutos, o jogo parecia ter ganho outra luz e era apenas uma questão de perceber por quantos a questão seria resolvida.

No último período, Pinhal e Bernardo ainda aumentaram a contagem portuguesa e a Grécia, num livre direto, conseguiu reduzir. O resultado final ficou fixado nos 5-1 e Portugal fica, assim, a um pequeno obstáculo de seguir para o Mundial, no Dubai, em fevereiro de 2024. É que a Dinamarca veio da Ronda Preliminar e surpreendeu tudo e todos num Grupo D onde a Suíça, medalha de Ouro nos Jogos Europeus, saiu a zeros...