Em plena campanha eleitoral para as eleições do FC Porto, André Villas-Boas falou sobre a estrutura que pretende para o futebol. Em entrevista à RTP, o antigo treinador dos dragões abordou a possível continuidade de Sérgio Conceição e confirmou a escolha de Andoni Zubizarreta para o cargo de diretor desportivo.
«Vou começar por respeitar a palavra do treinador. Sérgio Conceição sempre se colocou à parte deste processo eleitoral. Compreendo que não seja fácil para ele gerir tudo o que tem circulado a equipa neste ato. Viveu algo parecido em 2020 e tem essa experiência, apesar da candidatura de oposição ter atualmente outro poder. Vai ser a primeira pessoa que vou abordar. Faz sentido ter essa conversa e perceber as razões para a renovação não ter acontecido anteriormente», afirmou
«Tive uma relação de muita empatia pessoal e profissional com Zubizarreta. O meu FC Porto de futuro assenta numa direção desportiva estruturada e esse será o coração da sustentabilidade financeira. A formação, a performance e o scouting vão ter papéis a jogar. É muito possível que isso aconteça e será um anúncio para breve, esta quinta-feira», revelou.
Villas-Boas coincidiu com Zubizarreta na passagem pelo Marseille. Sobre as claques, Villas-Boas reconheceu a importância das mesmas, mas apontou desigualdades entre sócios do FC Porto.
«Os grupos organizados de adeptos representam um tipo de associado/simpatizante que gosta de viver os jogos de forma diferente, cantando pela sua equipa. Uma forma de estar respeitável. Não podem existir desigualdades de direitos entre os sócios. Igualdade no acesso à bilhética. Isto não tem existido e levou à frustração de alguns adeptos», admitiu.