Antes do duelo entre Chaves e FC Porto para a Taça de Portugal, Jorge Simão, técnico da equipa transmontana, tinha referido, em conferência de imprensa, que para que os 5 a 10 por cento (de hipóteses de passar) tivessem realmente preponderância na eliminatória, a equipa teria que estar num dia perfeito em termos de rigor tático. E o Chaves esteve. Que o diga António Filipe, guarda-redes que dignificou o emblema que representa toda a região de trás-os-montes, ao defender alguns bons remates até ao prolongamento e a ser decisivo nos penáltis.
O guardião do Chaves esteve soberbo, mas destaque ainda para a defesa que demonstrou muita segurança e maturidade, com os seus laterais, Nélson Lenho e Paulinho - este dono de uma velocidade incrível - a serem muito importantes na profundidade que os valentes transmontanos conseguiram nos flancos diante do FC Porto, que teve três mexidas no onze inicial em comparação com o jogo do Benfica.
José Sá, Varela e André André foram titulares, Casillas foi suplente, sendo que Óliver e Corona não integraram a convocatória.
Mesmo com estas ausências, o FC Porto manteve-se fiel ao 4x1x3x2, com Otávio no habitual lugar de Óliver, Varela no flanco direito e André André na esquerda. Com a tática, permanece ainda a falta de ideias dos dragões no momento de atacar e uma defesa fabulosa, com muita disciplina.
No prolongamento, o FC Porto conseguiu dar a volta à falta de boas ocasiões para fazer golo, com vários remates dentro da área adversária. Foi Depoitre, que entrou para o lugar de Otávio, quem dispôs das melhores oportunidades, mas o belga desafinado e desinspirado a não ser feliz.
Marcano e Felipe realizaram mais um jogo imperial, com o defesa espanhol a destacar-se pela muita superioridade nos duelos áereos e o atleta brasileiro muito rápido, esclarecido e, como tem sido habitual, a não comprometer.
No entanto, nos penáltis, o duelo é apenas entre o jogador e o guarda-redes e nesse parâmetro, o Chaves foi melhor.
0-0 (3-2 g.p.) | ||