«O projeto do Vitória SC tem de ser este: sai o Dani, entra o Gonçalo Nogueira»

António Miguel Cardoso, presidente do Vitória SC, abordou - em entrevista ao Guimarães Digital - o volte face no negócio de André Silva [n.d.r: pode ler AQUI] e explicou, de forma detalhada, o mercado do Vitória SC: desde as saídas de Dani Silva, Nélson da Luz e Safira, ao esforço para bloquear a saída de Jota.

Antes de referir a venda de Dani Silva, o presidente destacou a necessidade e importância do Vitória SC vender ativos, alertando que «não há liquidez no mercado global», o que dificultou a tarefa do clube neste mercado.

«Abordamos este mercado e só tínhamos uma necessidade: vender. Mas é importante perceber que, neste momento, não há liquidez no mercado. Foi muito difícil e nós sofremos com isso. O Vitória SC já tem um orçamento alto, e com o passivo que temos, nós não temos outra hipótese. É importante vender e, depois, importa apostar na formação.»

Para além disso, o dirigente vitoriano destacou ainda que «bloqueou» a venda dos principais ativos, nomeadamente, Jota Silva.

«Surgiram propostas por alguns jogadores e o Jota é um deles, mas bloqueámos. Não o queríamos vender. Sabíamos que era importante o Vitória SC vender e tentamos fazer o melhor para que continuemos a ter sucesso desportivo. Nos últimos mercados, temos sempre vendido e é difícil passar por um mercado sem fazer vendas. É essencial para a saúde do clube», referiu.

«Não podemos prender os nossos ativos»

Sobre as vendas do Vitória SC, António Miguel Cardoso apontou que a saída de Dani Silva o «entristece», apontou para o futuro do clube e explicou ainda as saídas de Nélson da Luz e Safira.

«Se me entristece que o Dani saia? Óbvio. Mas faz parte do projeto do Vitória SC. Sentimos que o mercado não paga mais do que isso [n.d.r: dois milhões de euros], infelizmente. Com esse valor, nós vamos pagar a fornecedores, um mês de salário... isto tem de ser visto como uma prioridade. Não podemos prender os nossos ativos. O projeto do Vitória SC tem de ser este: sai o Dani, entra o Gonçalo Nogueira. Faz parte do processo normal.»

«Sentimos que era importante para ele sair e conhecer outros ares [n.d.r: presidente vitoriano aborda saída de Nélson da Luz]. [N.d.r: sobre a venda por 500 mil euros de Safira] o valor é razoável porque foi um encaixe para o Vitória SC. O jogador foi negociado e tinha vontade de sair. É um negócio normal. Não será o maior do mundo, mas corresponde aos valores», finalizou.