Os cinco anos de dragão ao peito deixaram uma ligação emocional de Yacine Brahimi ao FC Porto. Ao passar esse período em revista, numa entrevista ao MaisFutebol, o argelino admitiu que saiu com a amargura de, no saldo, levar apenas dois títulos: um campeonato e uma Supertaça.
«É muito pouco e é difícil eu aceitar isso. O futebol é assim. Só ganhei dois troféus com o FC Porto e o ano do título foi lindo, incrível. O ano passado perdemos por culpa nossa e ainda hoje me sinto mal por isso. Penso muito nos adeptos, no apoio que sempre nos deram. Mereciam mais. O FC Porto tem de ganhar regularmente no futuro, não me esqueço da festa nos Aliados. Evitámos o penta do Benfica, havia muita coisa envolvida, e foi mágico, mágico. Foram duas semanas a festejar, com o coração cheio», recordou.
No passado, ficaram também relações com muitos colegas, sendo que a que tem com Marega se conserva, e também com vários treinadores. Sérgio Conceição foi quem mais o marcou.
«Quando cheguei ao FC Porto aprendi muito com o Lopetegui. Com o Nuno foi diferente, não ia muito à bola com ele, mas no final as coisas melhoraram entre nós. Depois chegou o Sérgio e deu-me muita confiança, senti que evoluí muito com ele. Pelo caráter, pela personalidade, é um treinador que me marcou. Claro que nem sempre as coisas correram bem, mas isso faz parte. Quando o Sérgio chegou ao Porto, falou comigo e disse-me que eu precisava de fazer outras coisas em campo. Vivi dois anos muito importantes com ele», referiu.
E voltar? «Não posso fechar portas (risos). Porque adoro o clube, adoro a cidade e no futebol… tudo pode acontecer. Tomei a decisão de mudar, a pensar na minha família, mas não sei o que acontecerá no futuro. Sou realista: gosto muito do clube, nunca direi que não ao FC Porto, mas é muito, muito, muito complicado voltar a vestir aquela camisola linda».