FutebolMaravilha1 08-05-2024, 18:55
Os destaques da goleada leonina, por 6-1, diante do Boavista, na 26ª jornada da Liga Portugal Betclic. Num duelo cheio de golos, Viktor Gyökeres foi a grande figura ao rubricar um hat-trick e uma assistência.
«... veio da Suécia e encantou-me o coração». É a letra de uma canção, criada pelos adeptos leoninos, dedicada ao fenómeno sueco. Nova exibição impressionante do homem que teima em decidir a época do Sporting. Marcou um hat-trick, fez uma assistência e deu mais a marcar. Foi um pesadelo para os homens do Boavista, fisicamente poderoso e cada vez mais refinado tecnicamente. «Eu estou maluco, apaixonado»: é o título da canção referida e, caros sportinguistas, têm todas as razões para tal.
Voltou ao onze, desta feita para acompanhar, com Trincão, Gyökeres na frente de ataque. A relação entre o sueco e o português começou como uma incógnita: seriam compatíveis? A cada jogo que passa, existem menos dúvidas que a resposta é «sim, claro que sim». Complementam-se e variam funções com facilidade, tanto aparece um a servir como outro a finalizar. Nesta noite, bisou (fez o golo do desempate e o sexto), assistiu e mostrou a Rúben Amorim que seja ao centro, na esquerda ou na direita, para servir ou finalizar, Paulinho tem um lugar na manobra ofensiva do leão
Na época passada, marcou um dos candidatos ao Puskas diante do Boavista, em Alvalade. Nesta temporada, o golo teve menos brilho, mas voltou a marcar, o que não é muito comum para um ala esquerdo. Além disso, assistiu por duas ocasiões, uma delas num canto exemplarmente cobrado para a cabeça de Paulinho e deu a habitual profundidade pelo lado canhoto do leão. Uma exibição para mais tarde recordar.
É o único destaque — pela positiva, claro — que não marcou ou assistiu. Não obstante, merece ser mencionado, sobretudo pelo período onde o leão esteve em desvantagem. Foi um autêntico motor, inconformado com o resultado, e fez tudo no corredor central: recuperou, deu dinâmica à equipa, combinou com os colegas, deu-se ao jogo e apareceu nas zonas adiantadas. Deu vida ao leão quando mais precisava.
É dos maiores trunfos da pantera; dos mais experientes, com maior traquejo e qualidade. Na casa de um grande, era sabido que ia ter missão complicada. Contudo, além de passar pelos pingos da chuva, exibiu-se num fraco plano quando apareceu. Teve uma ocasião na área, mas hesitou, dominou mal e perdeu-se; como se não bastasse, arriscou a expulsão numa escaramuça desnecessária.
Apanhou um Nuno Santos em noite inspirada e teve que levar com Gyökeres, que volta e meia aparecia do seu lado. Não teve mãos a medir e foi ineficaz face ao dinamismo criado pelo adversário. Prova disso, são três dos seis golos do leão (o primeiro, o terceiro e o quinto), que nasceram pelo corredor «protegido» por Pedro Malheiro.
Rúben Amorim desvalorizou o golo sofrido, mas é um lance que tem de ser avaliado. Pode não ser o mais justo colocar Franco Israel nesta posição, mas, analisando friamente o duelo, não há como fugir. O guarda-redes teve pouquíssimas ações no jogo e, na que foi chamado a intervir, esteve mal e criou o golo do Boavista, que podia ter sido mais problemático se fosse marcado numa noite de menor inspiração verde e branca.
6-1 | ||
Viktor Gyökeres 44' 68' 78' (g.p.) Paulinho 54' 90' Nuno Santos 88' | Gaius Makouta 3' |