Alcaide de Cartaya volta a visar Conceição: «Devia ter sido detido»

O episódio que envolve Sérgio Conceição e o alcaide de Cartaya, Manuel Barroso Valdés, ainda dá que falar. Depois do treinador do FC Porto ter esclarecido a situação, o autarca espanhol disse ao jornal desportivo de Sevilha, El Desmarque, que o técnico azul-e-branco deveria ter sido detido.

Manuel Barroso Valdés foi claro: «É uma pena que se veja desde as bancadas, mas não se ouça. Quando interferi, como se vê no vídeo, é no momento em que o seu filho estava a importunar o árbitro. Foi aí que me meti e pedi para saírem do terreno de jogo. Nessa altura, o rapaz disse que não sabia com quem estava a falar, que é uma máxima autoridade em Portugal. Esse foi o momento em que lhe toquei no braço para acompanhá-lo para fora do campo, ele esbracejou para impedir. Nesse percurso para o túnel dos balneários os insultos e as ameaças foram constantes.»

O alcaide da pequena localidade da Andaluzia reforçou a sua posição: «Tenho o depoimento do árbitro, que também denunciou este homem, o da Polícia e da Guarda Civil, que tiveram de intervir e pedir reforços e com um grande número de testemunhas oculares, que estavam no túnel do vestiário. O relatório da Guarda Civil está aí. Não acredito que este homem tenha razão e todos nós - Polícia, Guarda Civil, árbitro, testemunhas e eu -, não tenhamos.»

Barroso Valdés foi mais longe nas críticas a Conceição: «Não sei se ele sabe onde se está a meter. Eu, como autarca, sou a autoridade máxima de uma cidade. O que ele fez comigo é um crime classificado no Código Penal, só por isso terá de comparecer perante um juiz, aqui. Devíamos tê-lo detido, mas como é uma figura pública não queríamos que o sangue chegasse ao rio. Se ele quiser seguir em frente, tem de enfrentar a minha denúncia, a do árbitro, a da Polícia e a da Guarda Civil, porque os seus agentes também foram agredidos.»

Por fim, o alcaide de Cartaya prometeu novas imagens: «Estamos à procura de umas imagens, porque sabemos que um rapaz gravou o que se passou dentro do túnel dos balneários, que foi onde ocorreu o pior. Quando tivermos essas imagens, vamos torná-las públicas.»