Até que nada nos separe

Nada os separava e assim continua. O Paços de Ferreira entrou bem na 2ª parte, mas caiu de rendimento com o penálti falhado e acabou por não aguentar o grande caudal ofensivo do Académico de Viseu, que resgatou um empate por 1-1 e um ponto.

Coladas na tabela classificativa e com sistemas táticos semelhantes, havia muito a unir Paços e Académico, mas também muito a separá-los. Ambas entraram com vontade de ter bola, potenciando as suas alas, e o arranque de jogo foi atrativo e dividido, embora quase sempre disputado longe das balizas, face às dificuldades de criação no último terço.

Apesar disso, a meio da 1ª parte, o Académico de Viseu intensificou a sua pressão e agressividade nas disputas de bola e saiu a ganhar com isso, crescendo com bola no pé e ficando ligeiramente por cima. O Paços tentou contrariar essa pressão alta com um jogo mais direto e ainda conseguiu algumas transições, mas nada muito perigoso, até porque a equipa estava algo descaracterizada.

Paços marcou primeiro @Kapta+

Este acabou por ser um momento decisivo, uma vez que o Académico começou a acreditar que podia retirar algo do jogo. Jorge Simão também o sentiu, colocou «a carne toda no assador», mudando o sistema para 3x5x2, e a equipa foi crescendo e fazendo o Paços encolher-se. Foram-se sucedendo oportunidades e Marafona ia-se agigantando, mas, aos 88', Ícaro cometeu penálti e Clóvis acabou mesmo por empatar a partida.

Os Viriatos não se ficaram por aqui e, mesmo faltando pouco tempo, foram em busca da reviravolta, acabando mesmo por marcar, por Petkov, aos 90+6. Contudo, o avançado do Académico estava em fora de jogo por 10 centímetros e o lance foi invalidado. O empate persistiu e Paços e Académico continuam colados.