Os momentos eram diferentes, mas o jogo e o resultado foi nivelado. Vizela e Moreirense empataram a zeros no derby, num, jogo onde as oportunidades foram escassas. A urgência de marcar foi pouca, mais da parte vizelense, e as melhores ocasiões para abrir o marcador pertenceram aos cónegos. No derby, houve rivalidade fora de campo, mas dentro pareceu existir um pacto de não-agressão.
Casa praticamente cheia para o derby em Vizela. A estreia de Rúben de la Barrera surge numa das partidas mais importantes para a massa adepta vizelense. O técnico espanhol operou algumas mudanças na equipa, começando por optar por um 3-4-3, com Matheus Pereira a entrar para o lugar de Lacava (expulso). Samu e Mendez foram os extremos (mais por dentro) e Bustamante entrou para o miolo. Do lado dos cónegos, que trouxeram cerca de mil adeptos à romaria vizelense, apenas Gonçalo Franco entrou para o lugar de Wallisson.
O primeiro tempo foi algo enfadonho. O Vizela quis ter bola desde cedo e sair desde trás, mas a pressão do Moreirense tornou grande parte das saídas em perdas de bola. Sem muitas ideias, a equipa vizelense tardou a chegar com critério ao último terço adversário.
As poucas aproximações de relevo perto dos polos do campo foram da iniciativa do Moreirense. Madson e Alanzinho tiveram ocasiões na cara de Buntic, mas remates frouxos evitaram o golo. Também Dinis Pinto, numa jogada pela direita, entrou na área e quase levou o seu esforço a bom porto, valeu Bruno Wilson, em cima da linha, a evitar o primeiro do Moreirense.
O ambiente estava melhor fora do campo do que dentro das quatro linhas, com bastante apoio de parte a parte.
O segundo tempo começou mais ou menos como o primeiro. O Vizela quis a iniciativa e até se chegou mais à frente numa fase inicial, mas os cruzamentos não encontraram o destinatário do costume - Essende. A equipa de Rúben de la Barrera começou a cair depois de vinte minutos intensos onde foi superior, mas sem poder de fogo.
O Moreirense reagiu e começou a galgar metros no terreno. Novamente através de perdas de bola infantis na construção por parte do Vizela, o Moreirense começou a ter meias-ocasiões para fazer golo, mas sem nunca ter sucesso. A entrada de Kodisang mexeu com o lado direito do ataque, mas a equipa foi quase sempre inconsequente nas ações no último terço.
A partida não mexeu muito e os últimos minutos foram em virtude de manter o empate.
Mais de 4 mil pessoas e um ambiente digno de derby. Depois, o jogo foi fraquinho, mas o público foi de grande nível!
As equipas conformaram-se com o empate (mais o Vizela, que precisa de pontos). O ambiente pedia um jogo aberto, mas as oportunidades foram muito escassas.
Fábio Melo teve um critério bastante largo e isso incentivou as equipas a não pedirem tantas faltas. Com bastantes paragens no primeiro tempo, compensou bem os minutos perdidos. Manteve o critério ao longo de todo o jogo e fez uma ótima arbitragem.