Uma prenda sem sabor para todos

Num jogo, de forma geral, massudo, previsível e de encaixe excessivo entre as duas equipas, Santa Clara e Belenenses não foram além o nulo, justo, no Restelo, e deram uma prenda sem sabor aos seus adeptos.

De um lado, um Belenenses aflito por pontos e a tentar fugir à zona de despromoção. Do outro, um Santa Clara claramente candidato à subida de divisão e em busca de passar o natal na liderança. O Restelo recebia este duelo de pontas opostas.

Depois de sofrer cinco golos na Madeira, Vasco Faísca tentou proteger a equipa e assumiu uma linha de cinco defesas para a receção ao Santa Clara. Numa primeira fase, os comandados de Vasco Matos entraram bem na partida e conseguiram incluir os alas, com os extremos em posições mais interiores, e criaram algumas boas chances, mas Guilherme Oliveira mostrou-se em grande entre os postes.

Jogo deixou a desejar @Filipe Amorim / Kapta+

Ambas as equipas sabiam que tinham que fazer melhor, especialmente no ataque, na 2ª parte e o Santa Clara procurou assumir claramente as rédeas do jogo e passando a larga maioria do tempo no meio campo adversário. Contudo, o conjunto açoriano estava com claras dificuldades em penetrar a boa organização dos do Restelo e quase se limitavam a circular entre corredores e tentar alguns cruzamentos em busca de Rafael Martins, de tal modo que Vasco Matos apostou na entrada de Vinicius Lopes, para dar presença na área.

Relegado a encostar-se à sua baliza, o Belenenses não tinha qualquer tipo de capacidade de ter bola - só o conseguiu com a entrada dos suplentes, nomeadamente Keita - e ia-se defendendo bem, organizado, levando à clara frustração de um Santa Clara habituado a ter um jogo mais fluído. Isso tornou o jogo bastante massudo, na sua maioria, na 2ª parte e levou a as oportunidades fossem escassas e o nulo persistiu, de forma justa, até final. Uma prenda sem sabor para adeptos do Belenenses e Santa Clara.