Numa tarde sublinhada pela exibição fantástica - e decisiva - de Tomás Ribeiro (inaugurou o marcador) e Tomás Händel (assistiu para o golo decisivo), o Vitória SC venceu na visita ao Farense (1-2), com um golo perto do fim de Jota Silva. Tomás Ribeiro e Bruno Duarte marcaram os restantes golos do jogo.
Com este resultado, o emblema algarvio permanece no oitavo posto (16 pontos), ao passo que o Vitória SC, com 22 pontos, ultrapassa o vizinho Moreirense e aproxima-se do rival SC Braga (23 pontos).
Em relação ao jogo, o conjunto minhoto entrou com tudo e, em sentido inverso, o Farense entrou a dormir.
No primeiro canto, o primeiro golo. Dani Silva cruzou tenso ao primeiro poste e Jorge Fernandes, com um ligeiro desvio, assistiu Tomás Ribeiro que, de cabeça, não deu hipóteses a Ricardo Velho. Dois lances aéreos ganhos com relativa facilidade por parte do Vitória SC.
A resposta dos homens da casa foi muito tímida e foi Jota Silva quem esteve mais perto de marcar. Primeiro, ao minuto 20, disparou em cheio no poste - grande remate em jeito de fora de área - e, depois, ao minuto 31, desperdiçou uma ocasião flagrante na cara de Ricardo Velho que, diga-se, fez uma defesa brutal.
Do lado algarvio, de sublinhar o único lance de verdadeiro perigo: Bruno Duarte surgiu isolado perante Varela, no entanto, permitiu uma boa mancha de Varela e - já na ressaca, mas em queda - atirou ao poste.
Na segunda parte, o Farense entrou melhor - Cláudio Falcão esteve pertíssimo do golo através de um canto - e o jogo aqueceu com um lance marcado por alguma polémica.
Marco Matias caiu na área na sequência de um duelo com Miguel Maga e o árbitro principal considerou o contacto ilegal. Na repetição, o lateral parece ter acertado na bola, mas o VAR também não interferiu na decisão do árbitro principal. Na conversão, Bruno Duarte não deu hipóteses a Bruno Varela.
Depois do golo, o Vitória SC respondeu, pressionou mais alto e Isidoro foi protagonista... pelos piores motivos. O jogador recebeu um amarelo num espaço de dois minutos - decisão novamente questionável por parte do árbitro - por duas faltas e acabou expulso, limitando o Farense ao seu terço defensivo.
Até final, os homens do Minho não desistiram e a classe de Händel - bela assistência - e um foguete de Jota - grande remate - fecharam as contas do jogo.
Acabaram por estar presentes nos dois golos e revelaram-se decisivos nos dois lados do campo. Destaque para o médio do Vitória SC que voltou a espalhar classe.
Sofrer um golo no primeiro lance foi o presságio de uma tarde mal conseguida pelo Farense.
Manuel Oliveira não teve uma tarde feliz e fácil de ajuizar. Acabou por assinalar a grande penalidade sobre Marco Matias num lance onde - aparentemente - não parece ter existido um contacto ilegal do lateral direito. O VAR, diga-se, também poderia ter exigido ao árbitro para rever, ao detalhe, o lance em questão. Muitas dúvidas no lance do duplo amarelo, apesar de se aceitar a decisão, até porque o VAR não poderia interferir no lance.