Houve um susto, mas, no final, prevaleceu a normalidade... Foi feita a festa pelo Olivais e Moscavide quando o sorteio ditou que, pela frente, estaria o Sporting Clube de Portugal. No dia do tão aguardado jogo, a Reboleira - casa emprestada - vestiu-se de gala para «ser feita Taça». Fabrício e companhia bem tentaram, mas os leões deram a volta (têm de agradecer a Catamo) e venceram por 1-3.
Apito inicial de Hélder Carvalho. Os jogadores ainda não estavam bem quentes quando foi assinalada uma grande penalidade para a formação do quinto escalão. Lance pela esquerda, cruzamento intercetado, disputa pelo ressalto e toque proibido na área. Fabrício, experiente avançado, foi chamado a converter e não tremeu. 1-0 e a Taça a ganhar contornos «de Taça».
A meia hora seguinte justificou a vantagem caseira, sobretudo por algum demérito forasteiro. O Sporting foi algo displicente, trapalhão e lento na circulação. Pedia-se mais ao leão e o «mais» acabou por surgir dos trinta minutos até ao descanso. Os leões cercaram e arriscaram mais, foram mais assertivos e ativos e, consequentemente, criaram mais perigo. O empate, que não escondeu a má primeira parte, surgiu. Edwards, depois de um lance de génio, ganhou uma grande penalidade. «Quem sofre, bate» e, por isso mesmo, o inglês, dos onze metros, não desperdiçou e reestabeleceu o empate.
Regressados do balneário com sorrisos amarelos, os leões entraram revigorados. Geny saltou do banco, agitou com o jogo e... marcou. Numa jogada confusa, com princípios de auto-golo e uma bola ao ferro, o ressalto sobrou para Catamo, que encheu o pé e fuzilou as redes de Rúben Gonçalves.
Já em vantagem, os leões tiveram ao seu dispor mais oportunidades - Edwards, com a baliza escancarada, falhou uma escandalosa -, o Olivais foi perdendo fôlego, mas nem por isso o Sporting foi convincente. Exibição leonina demasiado cinzenta.
Perto do final, o conjunto do quinto escalão, com mais coração que cabeça, tentou o tudo por tudo - num lance invalidado, ainda atirou ao poste. O golo chegou mesmo a existir, mas para os leões. Catamo passou por todos na direita, inclusive o guarda-redes, e serviu Bragança de bandeja, para o 1-3 final.
Com este resultado, o Sporting segue na Taça de Portugal. Do outro lado, depois de uma exibição bastante respeitável, o Olivais e Moscavide fica por aqui na Prova Rainha.
Foi o ponto positivo dos leões neste encontro. Saltou do banco e resolveu, com um golo e uma assistência. Como se não bastasse, trouxe outra vida ao Sporting. Belos 45 minutos!
Estavam reunidas todas as condições para ser uma noite memorável (e foi, certamente). Ainda assim, ficou algo manchada. Segundo a transmissão televisiva, existiram duros desacatos na bancada dos sócios do clube de Moscavide. A polícia foi obrigada a intervir, inclusive. É pena.