O desperdício foi tão grande, que apenas os descontos salvaram um ponto

Num jogo marcado por uma desinspiração tremenda de André Clóvis à frente da baliza - que ainda foi expulso, por acumulação de amarelos -, o candidato Académico de Viseu teve que sofrer e foi só em cima do apito final, aos 90+7 - dois minutos depois de sofrer - que salvou um ponto, empatando com o estreante Lank Vilaverdense por 1-1.

De um lado, havia o experiente candidato Académico de Viseu e, do outro, havia o estreante Lank Vilaverdense. Ora, a jogar em casa, com uma audiência significativa nas bancadas, a turma viseense foi sendo mais assertiva no seu jogo, procurando explorar rapidamente a velocidade dos seus alas, os seus melhores executantes, e criando com relativa facilidade oportunidades de golo na área adversária. André Clóvis, no entanto, a estrela da companhia, pecou em demasia no momento da finalização.

O Lank Vilaverdense, por sua vez, começou o jogo algo acanhado, quiçá a sentir o peso da estreia, mas foi crescendo, jogando mais apoiado e conseguindo um par de boas oportunidades na cara de Gril, com destaque para uma grande desmarcação de Ericson para Harramiz. Faltou, no entanto, a assertividade que se viu do outro lado. Já em cima do intervalo, destaque ainda para a expulsão de André Soares, que empurrou João Pinto pelas costas, mas o árbitro foi ao VAR analisar o lance e acabou por reverter a decisão para admoestar um amarelo.

Esperava-se mais assertividade ofensiva na 2ª parte, mas a verdade é que durante os primeiros minutos pouco se acrescentou ao jogo. Foi necessário os treinadores começarem a ir ao banco para que a partida mudasse, especialmente com as mexidas viseenses, uma vez que o Académico era claramente a equipa mais ambiciosa.

Bandarra e Rodrigo Pereira trouxeram nova vida ao Académico e as oportunidades aumentaram em qualidade e quantidade. De resto, não fosse André Clóvis estar num péssimo dia - falhou demasiadas oportunidades, duas delas na cara do guardião adversário - e podia ter sido um jogo relativamente tranquilo para os da casa. O Lank, no entanto, aguentou e foi já no fim (houve nove minutos de compensação em cada parte), aos 90+5, com o Académico completamente balanceado para frente, que os de Vila Verde saíram em transição rápida e João Caiado gelou o Fontelo e fez o 0-1.

Parecia que o jogo estava resolvido, com um golo tão tardio, mas apenas dois minutos depois o capitão André Almeida aproveitou uma bola bombeada para a área e uma péssima saída de Ivo Gonçalves para marcar. Carlos Freitas ainda tentou cortar, mas apenas ajudou a colocar a bola dentro da baliza e o auto-golo foi-lhe atribuído. O empate persistiu, mas o jogo não acabaria sem que André Clóvis culminasse uma péssima exibição a uma expulsão, por acumulação de amarelos.