Senegal sambou na cara do inimigo

Praticamente à mesma hora de Portugal, o Brasil jogou em Alvalade, com as bancadas compostas por cerca de 40 mil adeptos, a maioria de nacionalidade brasileira. Nas bancadas, a festa foi rija, mas o resultado antecipou o fim das celebrações. Ainda sem selecionador nacional, o Brasil perdeu por 2-4 contra a seleção do Senegal.

Vinicius foi o mais procurado e o mais aplaudido @Kapta+

A equipa canarinha entrou bem no jogo, mas traçou desde logo uma tendência: a bola longa e a constante procura de Vinicius Junior.

Sem Neymar, não há dúvidas que o craque do Real Madrid é o grande rosto desta seleção, basta ouvir os aplausos a cada toque na bola, mas a necessidade de fazer com que o camisola 10 esteja envolvido em todos os lances de ataque não ajudou a seleção brasileira.

Num lance bem construído a partir do flanco esquerdo, com a bola, claro, a passar por Vinicius, Paquetá abriu o marcador de cabeça, mas a equipa senegalesa também quis entreter os adeptos presentes em Alvalade - havia uns quantos representantes da equipa africana.

A reação foi eficaz - golo de Diallo na sequência de um canto - e mostrou as potencialidades da equipa do Senegal, com Ismailla Sarr a aproveitar as debilidades brasileiras no flanco - Ayrton Lucas sofreu com as arrancadas do extremo senegalês.

Mas a melhor versão da equipa de Aliou Cissé estava mesmo reservada para a segunda parte. Depois de um intervalo bem animado pelos adeptos brasileiros, com direito a uma onda em câmara lenta e tudo, não se esperava que a segunda parte pertencesse por completo ao Senegal.

A equipa africana foi sempre mais agressiva (às vezes até demasiado, é justo dizer-se) e o Brasil encolheu-se com o passar dos minutos. Marquinhos fez autogolo para a reviravolta, mas o melhor momento da noite foi o golaço de Sadio Mané, aplaudido pelos próprios adeptos brasileiros.

A equipa canarinha até reduziu rapidamente, por Marquinhos, mas a falta de ideias (e de um avançado capaz de segurar a bola) foi a sentença para a Canarinha, que sofreu o 2-4 já nos descontos, num penálti convertido por Mané. Um dia de festa para muitos brasileiros a viver em Portugal que terminou com os adeptos senegaleses «a sambar na cara das inimigas».