Torres Vedras, cidade da nota artística

Na serenidade que a tabela classificativa conferia às duas equipas, sorriu o Torreense de forma categórica por 5-1, sobre o Penafiel. Um resultado inteiramente justo, face à produção das duas equipas que deixa os anfitriões posicionados na primeira metade da tabela, ao passo que os durienses encerram a jornada 33 na 12ª posição.

Numa partida de cariz desinibido de ambas as equipas, o Torreense soube tirar melhor partido do seu futebol apoiado e da permanente projeção do seus laterais - Nuno Campos esteve em nota de destaque -, para pautar o ritmo e criar condições para se adiantar.

Laboratório central

Nessa altura, as bolas paradas assumiram capital importância para os pupilos de Pedro Moreira, que a bom nível demonstraram o trabalho efetuado neste capítulo. No show exibido pelos dois centrais, Elie, estreante absoluto na formação de Torres Vedras, empurrou para a vantagem, dando a melhor sequência ao livre de João Lameiras e ao amortecimento de Gustavo Marques.

Motivado pela assistência, o central brasileiro duplicou a vantagem ao fulminar a baliza de Filipe Ferreira, na chamada a um canto à direita em que Elie foi preponderante a arrastar a defesa duriense. Em mais lençóis, o Penafiel respondeu pelos remates perigosos de Rodrigo Valente, Filipe Cardoso e Roberto, mas a desvantagem dupla era a realidade ao intervalo.  

Gerir para dinamitar

Para a segunda parte, a formação duriense regressou com maior presença ofensiva, só que foi apanhada de surpresa na primeira saída com sucesso do Torreense, que Godoy tratou de converter na cara de Filipe Ferreira. 

Com o 3-0, os durienses esmoreceram a sua postura e entregaram totalmente o controlo das acontecimentos aos anfitriões. Confortável, o conjunto de Torres Vedras aproveitou para conferir nota artística à sua exibição, nos lances de golo de Renato Santos e Carlos Rentería - que transição no golo do extremo luso (!) -, num resultado apenas amenizado pela infelicidade, no momento do autogolo de Gustavo Marques.