![Qualificação Mundial [CONMEBOL]](/img/bandeiras/35_comp_wc cmb.gif "Qualificação Mundial [CONMEBOL]"){kind=small}
Lotação30 286
Medidas105 x 68 m
Inauguração2003
13/05 - 17:30
13/05 - 19:45
13/05 - 20:00
13/05 - 20:00
13/05 - 20:15
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Era mais do que uma mera formalidade. A primeira mão ditou muito, mas não tudo. Ainda existia uma «mão» por jogar.
Em Braga, em Dia da Liberdade, os arsenalistas deram a machadada final na eliminatória frente ao Nacional, apesar do empate por 2-2.
O destino? Jamor. O adversário? Que assim dite os embates entre FC Porto e FC Famalicão.
Há 49 anos, à hora que este duelo teve início, a revolução já havia há muito começado. Às 19h30 de 25 de abril de 1974, o povo concentrou-se no portão do Quartel do Carmo. Esperava felicidade. Em Braga, em 2023, não era muito diferente, mesmo que com um destino praticamente traçado.
Poderia ser uma casa mais bem composta. As bancadas algo despidas não mostravam descrença, mas, os mais fiéis e os que assim o conseguiram fazer, avançaram.
No relvado, um impasse. Os madeirenses sabiam para o que vinham – e mesmo assim tentaram o seu melhor. Zé Manuel, Witi e até Jota Garcês… Todos elem apareceram de «espingarda na mão», mas Tiago Sá também se mostrava bem armado.
Do outro lado, um jovem Rodrigo Gomes ia fazendo a sua própria revolução, até conseguir mesmo marcar. Quem, igualmente, não falhou? Uros Racic, de grande penalidade. Sentenciou, em meia hora, o que já estava condenado.
Rodrigo Gomes abriu a segunda parte com golo – afinal, tinha de consagrar da melhor forma a exibição que trouxe ao palco.
Pela dignidade e pela honra, o Nacional não deixou de mostrar que, por muito que tudo já estivesse mais do que resolvido, havia sentido de inquietação. Clayton que o diga, com o golo que deixou Tiago Sá a olhar para a bola – como pode ler no acompanhamento ao minuto elaborado pelo zerozero.
Do jogo, pouco ou nada mais se conta. O ânimo de o disputar certamente é algo questionável parte a parte. Existe a felicidade de fazer parte integrante de uma das fases mais avançadas da prova-rainha, mas também a tristeza de - o final dos insulares - ser assim.
Levam, de volta para a Madeira, a dignidade e os dois golos marcados em casa dos arsenalistas - à mercê de uma grande penalidade concedida nos momentos finais, convertida por Dudu. Não tinham grande coisa a dizer para o resultado, mas mostraram que não iam deitar a toalha ao chão.
Perto da hora do final deste encontro, remontando novamente a 1974, o Movimento das Forças Armadas anunciava a queda do Governo regente. Aqui, anunciou-se, de forma oficial, a chegada do SC Braga ao Jamor.
É isto. Eles conseguiram. Os gverreiros voltam à final da Taça de Portugal, dois anos depois – se bem que, essa, foi disputada em Coimbra. Pode não ser tanto o simbolismo dessa final pelo local, mas o sentido de responsabilidade e de liberdade permanece até aos dias de hoje.
2-2 | ||
Uros Racic 33' (g.p.) Rodrigo Gomes 48' | Clayton Sampaio 72' Dudu 90' (g.p.) |
Rodrigo Gomes foi dos melhores em campo e tinha de aparecer nesta nota. Teve mais minutos no relvado – depois dos 24 na primeira mão – e fez mostrar a Artur Jorge que a dose de confiança que o técnico tem dado ao jovem ao longo da temporada tem razão de ser.
O Nacional chegou a este encontro sem nada a ganhar ou perder. Era óbvio. Entrou bem no duelo desta segunda mão, mas, mesmo com algumas oportunidades, sabiam que não havia grande coisa a fazer. Ficaram os golos para amostra. O foco, agora, é no campeonato.
Teve uma exibição tranquila num jogo que assim também o foi. Na primeira parte, analisou bem o lance de Álvaro Djaló – onde não existiu caso para grande penalidade –, assinalou de forma correta a jogada de penálti sobre Uros Racic e conseguiu gerir o jogo de forma consistente.
