Começou sem grande interesse, perdoem-nos o «francês». A verdade é essa. Não houve grande história e não se sabia bem o que se esperar deste duelo que se expectava agitado entre Vizela e Boavista. No final, depois de um intenso jogo de pedra, papel ou tesoura, nada se resolveu e tudo terminou num empate.
Percebemos que voltar ao trabalho à segunda-feira é, normalmente, uma tarefa difícil. Mas, depois de um primeiro dia da semana bastante cansativo, os adeptos deslocaram-se ao estádio para respirar e descansar um pouco a cabeça - porque o jogo acabou a dar para isso.
Fabijan Buntic ainda fez os adeptos levar as mãos à cabeça, depois de uma grande intervenção de Vincent Sasso na primeira parte (como poderá ler no acompanhamento ao minuto eleborado pelo zerozero), mas foi, efetivamente, a única ocasião de relevância que fez abrir a boca (de espanto e não de sonolência).
Parecia um interminável jogo de pedra, papel ou tesoura onde ninguém conseguia vencer. Os constantes «empates» devido a duelo onde as formações vizelense e boavisteira se encaixavam e onde as oportunidades pecaram por muito escassas.
O Boavista de Petit ainda tentava apanhar o Vizela de Tulipa desprevenido e «sacava» do «papel» mais rápido, mas os da casa antecipavam e jogavam a mesma carta. Tudo isto para dizer que o último terço foi bastante inimigo dos dois emblemas que não se conseguiam decidir nem encontrar espaço para decisão.
Da segunda parte, chega a razão que nos levou a fazer toda esta comparação. Não houve mãos a medir para este jogo e, a meio do tempo, Gaius Makouta - depois de uma bela exibição - encontrou Yusupha Njie a aparecer na área. Finalmente, o primeiro duelo ganho, com o primeiro golo. A defesa foi de papel, para um cabeceamento em jeito de tesoura. A celebração? Tudo aquilo que estamos a falar, entre Salvador Agra e o marcador do primeiro golo. (Para os mais interessados, foi Agra a vencer)
No entanto, as equipas decidiram ser à «melhor de três». As forças já se estavam a esgotar e parecia já não existir paciência para continuar com este imbróglio. Osama Rashid voltou a empatar - com uma bela jogada e um golo bonito. O guardião do Vizela tentou continuar a jogar pedra - como muralha que foi durante o jogo -, mas o iraquiano embrulhou-o em papel.
No final, ninguém se resolveu e fica para uma próxima. Á «melhor de três», não deu para encontrar uma solução ao eterno duelo.
Dentro do pouco que se passou, a equipa do Vizela soube melhor como reagir no momento de aperto que foi o golo do Boavista. Arrancaram e chegaram ao golo do empate. Cresceram no jogo.
Nenhuma das formações conseguia decidir no último terço. Com um jogo muito equilibrado a meio-campo, faltou o discernimento.
Hélder Carvalho não teve uma grande dose de lances de dúvida a assinalar. Critério aceitável numa arbitragem algo tranquila.