Resultado bastante enganador no encerramento da jornada 27 na Liga Portugal bwin. Num jogo de muitas oportunidades, futebol ofensivo e guarda-redes como protagonistas, Gil Vicente e GD Chaves não foram além do nulo (0-0).
A tranquilidade das equipas na tabela classificativa contribuiu para o bonito espetáculo, em que faltou apenas as redes mexerem. Os flavienses seguem com dois pontos de vantagem em relação aos gilistas, que repetiram o resultado conseguido contra o Sporting.
Que belo primeiro tempo, caros leitores. Temperatura agradável, bom ambiente e equipas muito ativas na procura do golo, que acabou por não chegar neste duelo. Num grande início, os Galos de Barcelos começaram mais perigosos e Fran Navarro travou bons duelos com Paulo Vítor. Mais tarde, o guardião quase foi surpreendido em bola longa de Adrian Marín, com o vento a fazer das suas.
Após este momento de dificuldades, o GD Chaves colocou os seus argumentos na partida e em transição esteve por várias vezes perto de marcar. Os papéis inverteram-se e Juninho assumiu protagonismo em momentos de destaque para o guardião Andrew, jovem em fase de grande valorização na baliza gilista.
As oportunidades eram tantas que os flavienses pareceram deslumbrados na finalização. João Mendes não converteu uma recarga prometedora após bom lance de Euller, enquanto Benny Sousa não conseguiu melhor que um remate à figura do guarda-redes adversário, em jogada iniciada originada por uma escorregadela de Rúben Fernandes. Num piscar de olhos, Manuel Mota mandou as tropas para os balneários.
Após o descanso, o Gil Vicente voltou a entrar mais forte e encostou os flavienses a zona recuada, com o perigo a voltar a surgir. Em sequência, Bruno Langa acertou no ferro e quase fazia autogolo. A bola sobrou para Marlon, que testou os reflexos de Paulo Vítor, novamente em grande estilo.
As alterações acalmaram a partida, aparecendo também natural desgaste em algumas figuras. O ritmo baixou e as equipas não tiveram capacidade para chegar ao tão desejado golo, com Jô Batista perto de um golpe de Teatro já na compensação. Ninguém merecia perder.
Não faltou ambição de Gil Vicente e GD Chaves de atingirem a vitória. As equipas lutaram e deram tudo o que tinham no campo. O empate é justo num jogo que merecia golos, até para premiar o bom ambiente criado pelos adeptos dos dois emblemas.
Andrew e Paulo Vítor realizaram excelentes exibições, mas é justo escrever que não foi um jogo de finalização inspirada de ambos os conjuntos. Falta de confiança de uns, excesso de outros: a mesma incapacidade para mexer o com o marcador.
Alguns erros em lances normais, mas nada de grave a apontar ao trabalho de Manuel Mota e a sua equipa. Nota apenas para a demorar do VAR em tomar uma decisão no logo anulado aos GD Chaves no primeiro tempo.