Numa exibição exímia defensivamente e de grande esforço, o SC Covilhã, último classificado, conseguiu travar o líder Moreirense e manter o nulo até final, num empate que soube a pouco aos cónegos e a muito aos serranos.
Em momentos completamente opostos na tabela classificativa e de forma, afinal estávamos perante um duelo entre o líder isolado e o último classificado, SC Covilhã e Moreirense encontraram-se na Serra e o favoritismo estava claramente atribuído, assim como a pressão.
Em destaque esta época, o Moreirense tentou entrar fiel a si mesmo e foi assumindo as rédeas do jogo, procurando uma posse de bola intensa, veloz e agradável à vista, até mesmo para tentar contrariar o bloco baixo e coeso, com linhas muito juntas, do SC Covilhã. Os primeiros minutos mostraram a turma cónega a vascular bem entre corredores para contrariar esse bloco, mas os serranos iam defendendo bem e isso permitia-lhes acreditar.
Ofensivamente, os comandados de Alex Costa apenas procuravam jogar na transição rápida e ainda conseguiram colocar os cónegos em sentido através da velocidade de Fatai e Kukula na frente. Contudo, a vida dos da casa ficou mais complicada pouco depois da hora de jogo, quando Zimbabwé viu o vermelho direto por uma entrada por trás e deixou a sua equipa reduzida a dez para o resto do jogo.
Os últimos 20 minutos foram de desespero para os dois conjuntos, mas essencialmente para o Moreirense, que foi com tudo em busca do golo, e oportunidades não faltaram, embora, com o tempo, tenham abusado do cruzamento. E quando não abusavam, era Bruno Bolas, na baliza do Covilhã, que ia brilhando na hora H.
Já em cima do minuto 90, o Moreirense marcou numa boa jogada coletiva, mas o árbitro já tinha apitado falta há um par de segundos quando a bola entrou por uma alegada falta de André Luis. O avançado não gostou e acabou mesmo a ser expulso pela insistência nos protestos. O resultado, por sua vez, não mudou e o 0-0 soube a pouco ao líder e muito ao lanterna vermelha.
0-0 | ||