Com números expressivos, o Brasil bateu a Coreia do Sul, orientada por Paulo Bento, e confirmou a passagem para os quartos de final de Mundial pela oitava vez consecutiva. Uma primeira parte avassaladora em termos de eficácia e de pancada emocional para a formação asiática, que pagou caras algumas abordagens defensivas. Alisson, curiosamente, foi um dos grandes destaques do encontro, embora os números criem uma ideia oposta. Sobretudo nos segundos 45 minutos, os coreanos nunca deixaram de visar a baliza adversária e criaram várias oportunidades de perigo, com o guarda-redes do Liverpool a revelar-se decisivo.
Neymar e Pelé. A noite era do Brasil e de duas figuras marcantes do futebol brasileiro. Um de regresso, o outro a descansar a nação futebolística com a recuperação desde o hospital. Pela frente, uma Coreia do Sul de Paulo Bento já com provas dadas de qualidade e organização.
🇧🇷Brasil encontra a 🇭🇷Croácia nos quartos de final.
É a 3.ª vez que as 2 seleções se encontram num Mundial, a 1.ª a eliminar:
2022 1/4 final
2014 Brasil 3-1 Croácia, Fase de grupos
2006 Brasil 1-0 Croácia, Fase de grupos#Qatar2022 #FIFAWorldCup #BRA #KOR #MUNDIALnaSPORTTV pic.twitter.com/hZOlSX1Bcr
— playmakerstats (@playmaker_PT) December 5, 2022
O problema é que os coreanos caíram como um castelo de cartas. Pressionante e intenso, sobretudo pelos homens da frente, o Brasil cedo se galvanizou em campo e provocou uma autêntica derrocada. As emoções coreanas caíram a pique com o golo de Vinícius Jr aos sete minutos e, a partir daí, a cor predominante foi a amarela.
Neymar, de penálti, Richarlison e Paquetá. Mais três golos em fase crescente que deixaram a formação de Paulo Bento animicamente derrotada. Hee-chan, o herói da partida anterior, esteve perto de escalar a montanha uma vez mais (Son pouco em jogo), mas Alisson foi gigante.
A frustração do treinador português era visível. No lado contrário, Tite vibrou com todos e até dançou. 45 minutos eficazes, a roçar a perfeição e que deixaram o Brasil, órfão de um lateral esquerdo de origem, com pé e meio nos quartos de final.
Defensivamente, a Coreia cometeu erros e pagou-os bem caros. Mas, do lado oposto, Alisson não facilitou nem um milímetro. Son e Hee-chan, as duas melhores unidades na reentrada em campo, tentaram, sem sucesso, amenizar um impacto tão profundo.
O ritmo, embora mais baixo, nunca castrou o espetáculo. Os lances de perigo continuaram a surgir e até Kim Seung-gyu teve de colocar mãos à obra para evitar feridas mais profundas e uma linha ainda menos favorável nos livros da história.
A Coreia, também nunca deixou de procurar um refúgio de felicidade no meio da tristeza. O tiraço do recém-entrado Paik Seung-ho trouxe uma ínfima dose de satisfação e Alisson, que terminou com mais de uma mão cheia de ótimas intervenções, passou a ser responsável por uma goleada que esteve muito perto de ser ameaçada.
No meio de vários destaques de cariz individual, o que dizer de Alisson. Sofreu um golaço e impediu que tantos outros complicassem esta eliminatória em demasia. É que oportunidades flagrantes não faltaram ao adversário...
A Coreia do Sul foi sofrendo golos em catadupa na primeira parte e desleixou-se no capítulo defensivo, acabando por pagar muito cara a desvantagem sofrida. Na segunda parte, a reação da turma de Paulo Bento foi assinalável, mas insuficiente para tentar outro desfecho.