«Metam o Lainez», os adeptos mexicanos tanto pedem isto nas redes sociais e hoje foi o internacional tricolor a desbloquear um resultado que esteve cinzento para os arsenalistas. Tirando a ferros e segurado a ferros: o SC Braga está na próxima eliminatória da Taça de Portugal, após um triunfo à justa sobre o Moreirense (2-1). Os últimos minutos foram eletrizantes e o resultado podia ter mexido mais vezes.
As duas equipas entraram muito dinâmicas no jogo. Apesar do calendário estar carregado de jogos, para ambas, não houve pressão, vontade de jogar e boas ideias para campo.
O Moreirense, que tem tido uma performance assinalável na Liga Portugal SABSEG, apresentou-se com três homens no meio campo e tirou vantagem disso para ganhar muitos duelos. Mané, Alanzinho e Ofori travaram saídas mais rápidas do SC Braga para o ataque e teve projetaram-se com grande velocidade nas alas.
Um dia absolutamente histórico para o avançado e capitão do SC Braga: além da convocatória para o mundial do Catar, atingiu a marcar de 100 golos com a camisola arsenalistas.
A ganhar, o SC Braga poderia ter ficado tranquilo, mas ficou à vontadinha e com isso os homens de Paulo Alves inverteram a tendência ofensiva do jogo. Walterson e Madson começaram a municiar Platiny e Ofori. Os minhotos de Moreira de Cónegos souberam ver a falta de ajuda no setor recuado do Braga e foram muito perigosos.
Platiny fez um golaço, à avançado, daqueles recheado de querer e vontade. O empate e a forma como foi conseguido fez com que o Moreirense ficasse com mais confiança. Sempre a insistir com a mesma receita, os homens de Paulo Alves não chegaram à vantagem por culpa de Tiago Sá. Madson e João Camacho, sempre os alas, foram os mais perigosos.
Artur Jorge percebeu que tinha de mexer, para conseguir pegar no jogo e nem esperou pelo intervalo. A entrada de Lainez serviu para os guerreiros terem mais bola e o Moreirense foi obrigado a recuar as linhas. Os minhotos terminaram a primeira parte com uma grande oportunidade de Ricardo Horta, num remate em arco que acertou na barra da baliza de Pasinato.
A resposta dada, no final da primeira parte, pelo homens de Artur Jorge foi o prenúncio para o que poderia acontecer no segundo tempo. Ainda assim, o treinador minhoto lançou peças novas para campo de forma a ter um futebol ainda mais ofensivo.
A equipa da Liga Bwin tomou conta do jogo, jogou de forma muito organizada com muita projeção dos laterais, mas principalmente a procura, depois, os terrenos interiores. O Moreirense teve dificuldades em segurar, mas Pasinato deu conta do recado, m60enos num dos últimos lances do jogo. Aí, Lainez e Banza produziram uma pequena obra de arte que deu vantagem ao SC Braga.
A emoção foi toda guardada para o final e o jogo esteve perto de ter um final digno de um filme de Hitchcock, pois os minhotos não conseguiram ampliar de grande penalidade, já depois de estarem em vantagem e na pressão dos últimos minutos, André Luís cabeceou por cima e o empate esteve perto.
O SC Braga vence com uma exibição segura, mas uma eficácia abaixo do que produziu. O Moreirense rodou muito a equipa, mas revelou uma grande qualidade de jogo, merecedora do lugar que ocupa na 2ª Liga.
A equipa do SC Braga foi muito dinâmica e cresceu com o decorrer do jogo. A equipa de Artur Jorge sentiu o golo sofrido, mas as alterações trouxeram um grande fluxo de ataque. A equipa convenceu e o golo foi o corolário desse trabalho.
Um jogo entre vizinhos e ao fim de dia de trabalho. O frio e as horas podem ter sido as grandes inimigas para uma enchente em Braga. Pouco mais de 4800 pessoas assistiram ao jogo. É a festa da taça, mas com pouco público fica difícil haver festa.
Artur Soares Dias teve uma exibição segura. Nem sempre foi de acordo com aquilo que os jogadores queriam, mas esteve correto no aspeto disciplinar, foi bem auxiliado e foi justo nas decisões. A grande penalidade foi clara, tal como alguns lances de fora-de-jogo.