O Estádio do Bonfim vibrou... e o Paços de Ferreira tombou!

O pesadelo do Paços de Ferreira não parece ter fim, e o mau momento claramente não se resume a jogos de Primeira Liga. Em dia de Taça de Portugal, os castores foram a Setúbal para defrontar o Vitória FC e encontraram um adversário que, apesar de disputar a Liga 3, levou alguns milhares ao Bonfim para testemunhar um raio de sol numa tarde chuvosa: um 2-0 favorável à equipa da casa.

César Peixoto optou por um misto de novidades e habituais titulares para procurar o triunfo, mas nunca chegou a ter verdadeiro controlo no jogo. A dupla de centrais constituída por Ilori e o estreante Vasco Sousa teve muita bola, mas não foi particularmente incisiva e, como tal, os setubalenses limitaram-se a esperar por oportunidades para ferir em contra-ataque.

Os castores ainda tiveram um par de ocasiões, patrocinadas pelo esforço de Matchói Djaló e depois pelo bom jogo aéreo de Butzke, mas foi na resposta imediata ao cabeceamento do espanhol (bela defesa de Rafa Alves) que o Vitória teve a grande chance da primeira parte: uma transição veloz deixou Varela isolado na cara de Jordi e o guardião brasileiro ganhou o confronto que segundos depois, com a bola já fora do campo, aqueceu bastante.

O desentendimento deixou Jordi muito longe de uma relação saudável com os adeptos da casa... Ora insultos, ora apupos, cada posse do guarda-redes gerou reação imediata entre os sadinos.

Houve Taça em Setúbal!

Foi na segunda parte que as coisas descambaram por completo, do ponto de vista pacense. Para as gentes de Setúbal foi festa da Taça logo nos primeiros segundos, com Varela a aproveitar uma ocasião flagrante para abrir o marcador.

E a história não ficou por aí. Enquanto a reação do Paços de Ferreira tardava em chegar, o Vitória FC mostrou-se confortável em vantagem, com e sem bola. Tão bem que aos 69 minutos, num lance de bola parada, duplicou a vantagem graças ao cabeceamento certeiro de Adama François.

Nas bancadas cantava-se pela equipa que parecia ter já o triunfo no bolso. «Só mais um!», gritaram os mais novos, possivelmente jovens da formação, até ao soar do apito final. Vitória, vitória, acabou-se a história do Paços de Ferreira nesta edição da Taça. Acabará também o capítulo de Peixoto?