À atenção do Benfica: Juventus cai com estrondo em Israel

Surpreendente para quem não viu! O Maccabi Haifa recebeu e superiorizou-se à Juventus, por 2-0. Uma primeira parte de grande nível bastou para derrubar uma Juventus em plena crise identitária, cada vez mais longe da equipa que durante quase uma década, dominou o futebol italiano. Assim fica difícil pensar nos oitavos... 

A roçar o brilhantismo! Forte e personalizada desde o início, a turma israelita surpreendeu pela atitude dominante com que entrou em campo e não precisou de muito tempo, para ferir o orgulho abalado da equipa italiana. Atzili afinou as medidas com a baliza de Szczesny e, de cabeça, deu início ao pesadelo da Juventus, depois de um centro bem medido de Pierre Cornud. 

O golo dilatou para outros patamares a confiança do Maccabi Haifa, que logo de seguida esteve perto de dobrar a vantagem. Primeiro Tjarron Chery, quase deu uma lição de como cobrar livres de forma exímia - a barra negou-lhe o grau de mestre - e Atzili viu o guardião da Juventus a retardar-lhe novo momento de festa, logo depois.

Sem sinais de satisfação, o campeão israelita manteve a gola apertada à Vecchia Signora e as situações de perigo sucederam-se, até que Atzili voltou a fazer das suas. O internacional israelita movimentou-se em diagonal para o interior da área italiana e bateu Szczesny, pela segunda segunda vez em apenas 45'! Grande golo e novos sinais de estupefação... até para os adeptos locais.

Atónita, a equipa de Massimiliano Alegri só respondeu em cima do intervalo, quando Dusan Vlahovic cabeceou forte, mas teve em Josh Cohen uma muralha intransponível a guardar o templo israelita.

Atitude distinta, frente faminta

De postura revigorada na vinda dos balneários, a Juventus instalou-se no meio-campo defensivo do Maccabi Haifa e Rugani quase materializou o ascendente transalpino, mas Cohen subiu ao terceiro andar e limpou os vestígios de perigo com distinção. Vlahovic voltou a fazer uso do seu jogo aéreo, desta vez para defesa tranquila do guardião norte-americano e os anfitriões estabilizaram.

Até ao final, a Juventus forçou outro resultado, mas não foi capaz de baralhar a organização defensiva israelita, que de quando em vez, esticou o seu jogo com o critério necessário e soube resfriar a reação falhada dos italianos.