Melhor do que nada. Santa Clara e Paços de Ferreira, duas equipas a gritarem por pontos, empataram nos Açores e vão para a paragem das seleções com mais um conquistado. Um jogo demasiado físico, com muitas faltas e paragens, fatores que estragaram o espetáculo. A turma de Mário Silva conseguiu ser mais perigosa no cômputo geral e apertou na fase final.
Um dos lances principais surgiu logo aos sete minutos. Passe longo de Ricardinho a encontrar Gabriel Silva - bom jogo do extremo -, que aproveitou uma péssima abordagem de Vekic para inaugurar o marcador. Parecia ser o mote para uma boa partida de futebol, mas não aconteceu.
Isto porque a agressividade passou a ser exagerada, as faltas foram-se multiplicando e as quedas no relvado também, quebrando constantemente o ritmo. Matchoi Djaló, a grande figura dos castores, mostrou a sua habitual faceta irreverente e ofereceu, de bandeja, um golo a Gaitán, mas o argentino não levou a melhor do que Marco Pereira.
A acabar o primeiro tempo, Butzke, numa tarde desinspirada, atirou, de cabeça, ao lado da baliza açoriana para desespero de César Peixoto. Na segunda parte, as faltas voltaram a surgir, mas houve, pelo menos, mais ímpeto ofensivo, tanto que o Paços empatou aos 53' graças a um remate cruzado de Matchoi Djaló, que contou com um desvio infeliz de um jogador contrário.
Até ao apito final, o Santa Clara foi mais perigoso - Butzke poderia ter marcado pelo meio - e ameaçou muito a baliza de Vekic, inclusive com uma bola à barra.
Está aqui um jogador com bastante futuro. Personalidade, irreverência e qualidade com a bola nos pés. Tem tudo para ser aposta e referência na Capital do Móvel.
... Não fossem os momentos negativos das duas equipas e as constantes paragens. Não admira que o tempo útil não tenha chegado aos 50 por cento, até porque a partida chegou a ser muito aborrecida.
Jogo com demasiadas paragens e jogadores constantemente no chão. 48:36 minutos de tempo útil, o que se explica muito. Podia ter tido mais pulso firme.