Que diferente é o Algarve no verão, com a vida e calor que tanta saudade deixa nos meses daí em diante! Será esse o motivo da felicidade que se vive em Portimão, com um clube que continua a somar vitórias? Uma, duas, três... quatro! Já são 12 pontos, tantos quanto o campeão (e mais que o leão)...
Desta vez a vítima foi o FC Famalicão que, tendo os seus momentos no jogo, raramente teve os argumentos certos para vencer este debate, que sorriu ao Portimonense apesar das saídas de relevo desde a última jornada. Samuel Portugal (FC Porto) e Willyan (CSKA) fizeram falta, claro, mas as suas ausências não foram assim tão sentidas.
O jogo começou em jeito de castigo para a bola, que nem sempre foi bem tratada enquanto fazia intermináveis piscinas, de uma área até outra. Esse vaivém tornou-se característica principal de um jogo ofensivo por natureza, mas não foi veículo de nenhuma oportunidade flagrante durante largos minutos.
Depois de uma primeira parte em que as zonas mais perigosas estiveram relativamente bem cerradas, a segunda parte começou com a maior chance que os famalicenses tiveram em todo o jogo, desperdiçada por Kadile após um bom trabalho de Pedro Brazão.
Para ajudar um eventual renascer visitante, uma nova lesão no meio-campo caseiro (Klismahn) deixou o Portimonense ainda mais frágil, mas nem assim os algarvios foram travados... Foi a partir de um lance de bola parada, aos 65 minutos, que o resultado se construiu: canto curto, colocado depois ao segundo poste, onde Filipe Relvas serviu o seu parceiro de defesa, Pedrão, para o golo da vitória.
Não foi a melhor prestação dos homens de Paulo Sérgio nesta temporada, mas foi, ainda assim, uma prova de que estamos perante uma equipa capaz de continuar a somar pontos. Que vá para além do verão, desta vez!
Já na temporada passada o Portimonense esteve muito melhor na primeira metade da temporada do que na segunda, com a queda a chegar, provavelmente, depois da equipa sentir que tinha cumprido o seu objetivo pontual. Este ano parece ainda mais forte e é 4º classificado à 5ª jornada, de modo que seria uma pena ver as exibições a cair novamente.
Cinco jornadas concluídas e apenas um golo marcado é inaceitável. Esteja a culpa no treinador ou nos jogadores, nenhum clube profissional pode sujeitar os seus adeptos a isso, de modo que é algo que deve ser corrigido de imediato. Esta noite foi Ivo Rodrigues (e por vezes Brazão) a puxar para a frente uma equipa com pouco coletivo no ataque...
Pouco a assinalar na exibição do árbitro, que só foi «protagonista» no lance em que mostrou amarelo a Welinton por simulação, quando o contacto pareceu inevitável. Esteve, de resto, bem ao não assinalar grande penalidade.