Era preciso deixar a sequência de derrotas e, até aí, o objetivo foi cumprido para Gil Vicente e Famalicão. Ainda assim, ficou um sabor amargo, sobretudo para os gilistas, que beneficiaram de várias oportunidades claras para vencer um dérbi que teve um primeira parte de alto nível, apesar da ausência de golos.
A segunda parte foi menos espetacular, mas teve a sua dose de oportunidades. Ninguém conseguiu marcar e o nulo prevaleceu ao apito final.
São raras as ocasiões em que um nulo ao intervalo num jogo do nosso campeonato se traduziu num bom espetáculo. A primeira parte da partida em Barcelos foi um desses casos. Já tínhamos apontado na antevisão que estes dois conjuntos têm capacidade para muito mais do que os últimos resultados podem indiciar e a qualidade de jogo demonstrada nos primeiros 45 minutos comprovaram-no.
O ritmo abrandou ligeiramente com o desenrolar do encontro, muito por culpa da forma como as equipas se encaixaram. Com três médios de cada lado, a zona central preenchida obrigou a que os momentos de criatividade saíssem dos corredores.
Ainda houve festejos na (bem composta) bancada visitante, mas o golo de Millán acabou anulado por uma mão de Kadile na assistência. O Gil respirou de alívio e até voltou a ficar perto, mas o golo não chegou a aparecer.
Se a primeira parte foi uma agradável surpresa, os segundos 45 minutos ficaram aquém das expectativas. Talvez porque o ritmo foi tão alto, o regresso dos balneários trouxe duas equipas mais contidas nos momentos de ataque, tornando-as previsíveis.
As duas formações apostaram em homens de ataque, mas foi o Gil que melhorou num período final de pressão por um golo que desbloqueasse o dérbi. Primeiro foi Mizuki Arai a proporcionar uma excelente intervenção de Luiz Júnior, depois foi Rúben Fernandes a falhar quase de forma escandalosa.
A terminar, Alipour ainda viu Penetra negar-lhe o golo com um corte em cima da linha de golo. Para o Famalicão foi o primeiro ponto do campeonato, o que não deixa de ser satisfatório. O mesmo não se pode dizer dos gilistas, que se podem queixar da falta de eficácia.
... de que seria um daqueles jogos memoráveis da temporada. O ritmo começou alto, com oportunidades e futebol bem jogado, mas ninguém conseguiu replicar no segundo tempo e o espetáculo foi o maior prejudicado.
As duas equipas tiveram várias oportunidades para marcar, mas faltou eficácia. O Famalicão ainda não marcou qualquer golo esta temporada e o Gil já vai em três concretizar. É urgente afinar a pontaria.
Critério largo de Cláudio Pereira, que tentou beneficiar o espetáculo, mas foi demasiado permissivo com as demasiadas perdas de tempo.