* com Alexandre Sequeira Ribeiro
... no jogo e na tabela classificativa. Do conforto do sofá, Moreirense, Tondela e Arouca estavam de olhos postos nos acontecimentos do Jamor, para um novo episódio desta luta pela manutenção. No campo, o resolvido Famalicão não queria facilitar perante o lanterna vermelha. Sem ninguém a querer dar o braço a torcer, nos minutos finais os famalicenses acabaram por vencer a formação de Franclim Carvalho (2-3), permitindo assim os festejos da manutenção ao Arouca.
Assim que soou o apito inicial, assistimos a uma boa meia hora para quem chegou atrasado. De certo, mesmo com o jogo a decorrer, houve tempo suficiente para encontrar o lugar e ficar cómodo. Só a espaços é que Afonso Sousa e João Carlos Teixeira apimentaram uns 30 minutos demasiado insonsos.
Tendo em conta a necessidade de pontuar da Belenenses SAD e a certeza da manutenção do Famalicão, esperava-se um jogo mais aberto, com duas equipas a tentarem chegar aos golos e ao futebol de ataque, o que nem sempre aconteceu.
Só em cima do intervalo é que o golo surgiu. Baraye, que estava com a mota ligada durante a primeira parte, assistiu Alex Nascimento para finalizar na sua baliza. A infelicidade de uns foi a alegria de outros e os azuis foram para o descanso fora da zona de descida direta, algo que já não acontecia desde a jornada 11.
No segundo tempo, o jogo animou, muito graças à subida de ritmo do Famalicão. Depois de algumas ameaças, a sociedade Pêpê-Marin deu o (merecido) golo aos famalicenses, para regozijo das equipas da linha de água. A igualdade animou a partida, e logo de seguida a Belenenses SAD teve duas chances. O jogo estava relançado!
Relançado e prestes a cair para um dos lados. Sentia-se que ainda ia haver um golo e Bruno Rodrigues foi quem o marcou, a passe do recém entrado Banza. Um golo que consagrou uma segunda parte bem mais animada.
Quando parecia que não podíamos ter mais emoção, eis que os intervenientes nos provaram que não podíamos estar mais errados. Já depois dos 90 minutos, ainda houve tempo para cada lado marcar; a Belenenses SAD empatou por Baraye, quando já tinha toda a gente na área e Pêpê tratou de devolver a vantagem aos nortenhos, quando a equipa lisboeta estava toda balanceada para a frente. 2-3, num jogo que foi dos oito aos oitenta nos minutos finais.
Com esta derrota, a Belenenses SAD parte para a última jornada do campeonato no último lugar e já não depende só de si para assegurar a manutenção no primeiro escalão do futebol português, isto tendo em conta o confronto direto com Moreirense e Tondela e que o melhor que pode almejar é o antepenúltimo, lugar de acesso ao play-off de manutenção. Já o Famalicão, com estes três pontos, sobe ao tranquilo 12º posto.
Foram para o intervalo a perder, mas foram a tempo de acordar. No segundo tempo, subiram de nível e mostraram o porquê de ocuparem umas posições acima da Belenenses SAD
Logicamente a culpa não é só dos defesas; é geral. É o calcanhar de aquiles desta equipa. A vencer e a precisar de pontos como quem precisa de pão para a boca, a vantagem inicial tinha de ser mantida.
Não teve lances de grande dificuldade para ajuizar. Ainda assim, Hélder Malheiro padece do mesmo problema de qualquer árbitro português: interrompe muitas vezes o jogo e demora imenso a ouvir o VAR.