Chegou ao fim a caminhada verde e branca na Liga dos Campeões. Quase como mera formalidade, dada a potência do adversário, os leões deslocaram-se a Manchester e empataram a zero contra o Manchester City mais do que conformado e em plena gestão. Por isso, e embora alguns lances de maior perigo, o jogo foi jogado sem grande velocidade e risco, tendo em conta que há desafios importantes pela frente para ambas as equipas.
Foram, de facto, com os melhores onzes possíveis, tendo em conta os ausentes e os poupados. Amorim apostou em Tabata para fazer dupla com Ugarte, colocou Neto o trio defensivo e Slimani na frente e Guardiola, fruto das muitas ausências, apostou no jovem Egan-Riley, à direita, e Zinchenko, ucraniano que mereceu a ovação da noite por parte do Etihad Stadium. No meio-campo, Fernandinho fez de Rodri, espanhol que, tal como De Bruyne, começou do banco.
⌚️Intervalo: MCY 0-0 SCP
Em dois jogos no Etihad, o 🦁Sporting não sai a perder ao intervalo (1 vantagem e 1 igualdade).
É o 2.º jogo consecutivo em Inglaterra com os leões a saírem para o intervalo com um nulo no marcador: vs Arsenal 0-0 e Man. City pic.twitter.com/n1psWoT5uD
— playmakerstats (@playmaker_PT) March 9, 2022
Irrealista seria pensar num jogo completamente aberto e louco de intensidade face às circunstâncias. Com o 0x5 em Alvalade, a dignidade e o orgulho falavam muito mais alto do que o espetáculo para o segundo round no Etihad.
A primeira parte jogou-se a um ritmo relativamente baixo. Manchester City mais controlador e a cozinhar possíveis lances de perigo, sem, no entanto, entrar em grandes aventuras. Afinal, tudo se resumia a gestão, pura e dura.
O Sporting, coeso no plano defensivo, foi protegendo-se sempre que o adversário acelerava o jogo ou encontrava espaços. Adán negou o golo a Foden e Sterling, enquanto Paulinho e Slimani alimentavam as reduzidas esperanças leoninas... Sem efeitos práticos.
O intervalo chegou, por isso, com naturalidade e sem novidades. Tudo uma questão de honra.
Caso o golo de Gabriel Jesus, logo a abrir o segundo tempo, tivesse sido validado. Mas a posição irregular do brasileiro fez com que a segunda parte fosse praticamente como a primeira.
⌚️20' MCY 0-0 SCP
⭐️Manchester City faz o jogo 100 na Taça/Liga dos Campeões.
Os citizens já realizaram 98 jogos na ⭐️Champions League (formato atual), só tinha participado numa eliminatória em 68/69 na Taça dos Campeões (2J) pic.twitter.com/QO9J1E9J5z
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Sem mudar uma única vírgula. Sem tirar nem pôr. City voltou a rondar a presa sem grandes intenções e essa mesma presa foi-se defendendo de todas as investidas.
A entrada de Edwards deu mais largura e velocidade ao corredor direito e o Sporting conseguiu, de facto, estar mais presente no último terço, tendo criado muito mais situações flagrantes do que nos primeiros 45 minutos.
Adán trancou a baliza e os leões, mais destemidos, ganharam mais alta no ataque, sendo que Scott Carson, também ele ovacionado quando substituindo Ederson, impediu, com uma intervenção corajosa, o golo a Paulinho.
E com um 0x0 pouco surpreendente mas honrado, o Sporting disse adeus à Liga dos Campeões, prometendo voltar melhor e mais maduro. Quanto ao City... Será desta?
Mesmo com um resultado pesado e uma tarefa praticamente impossível pela frente, o Sporting contou com muito apoio de início ao fim. Impressionante a forma como os adeptos leoninos apoiaram a equipa de início ao fim, entoando cânticos constantes. Curioso observar que, a certo ponto, houve uma picardia com os mais silenciosos citizens.
... Tendo em conta o resultado da primeira mão e o resto de época que se avizinha. Por isso, esta segunda mão no Etihad Stadium decorreu a um ritmo baixo e sem grandes riscos de parte a parte.