O Sporting deixou dois pontos na ilha da Madeira, na visita ao Marítimo, e abriu a possibilidade ao líder de aumentar distâncias ainda esta jornada. Num jogo incaracterístico da equipa de Rúben Amorim, que teve muitas dificuldades no processo de jogo devido às alterações, os verderubros fizeram o seu trabalho e garantiram um empate (1x1).
Bruno Xadas abriu a contagem no arranque da partida, Slimani reduziu pouco antes do intervalo, mas as tentativas finais, já com Coates como avançado, não tiveram o sucesso de outrora e o nulo perdurou.
As baixas na equipa leonina ajudaram a tornar o que já era uma tarefa árdua, num desafio ainda maior. Se a isso juntarmos um golo sofrido nos minutos iniciais da partida, está encontrada a conjugação perfeita para um jogo de alta exigência. Para além disso, do outro lado estava uma equipa em crescimento, com os processos já bem afinados e à imagem de Vasco Seabra, um treinador conhecido por colocar as suas equipas a praticar um futebol positivo.
Sem Sarabia e Pedro Gonçalves para o ataque, Amorim optou por alinhar com Slimani ao lado de Paulinho e reforçar o meio campo com Daniel Bragança descaído para a direita e Matheus Nunes a aparecer pela esquerda. A ideia passava por replicar o papel dos ausentes de uma forma ligeiramente diferente, mas com a mesma finalidade: superioridade nos corredores para cruzamento central. Pela presença de Slimani na área, a grande parte deles eram aéreos, uma situação que a defesa insular tratavam com maior ou menor dificuldade.
Seguiram-se momentos de alguma intranquilidade em que o número elevado de homens no meio campo sportingista tiveram efeitos praticamente nulos. À exceção das bolas paradas e de alguns erros individuais por parte dos homens da casa, o perigo foi pouco e a situação do empate aconteceu uma das primeiras vezes em que a equipa lisboeta criou um lance de forma organizada. Matheus Reis combinou com Nuno Santos e deu em Slimani para o regresso aos golos do argelino com a camisola do Sporting.
O empate por pouco não foi desfeito no minuto seguinte porque Xadas partiu de posição irregular e o empate chegou com o nulo no marcador.
O intervalo serviu para Rúben Amorim corrigir posicionamentos, sobretudo o dos médios, visto que as dificuldades em passar a mensagem com o jogo a decorrer eram muitas. A entrada foi superior à do primeiro tempo e o perigo até apareceu primeiro, com Paulinho a obrigar a defesa apertada.
A ameaça do contra ataque estava sempre presente e também por isso deixava a defesa sportinguista sempre atenta às eventuais respostas de Vidigal, Alipour e Guitane. Só à entrada do último quarto de hora, já com Coates na frente de ataque, como um autêntico ponta de lança, é que o Sporting foi capaz de encostar o Marítimo à área.
Por duas vezes ficou muito perto do segundo golo, o central uruguaio, mas em ambas faltaram alguns centímetros que tantas vezes estiveram presentes num passado não muito longínquo. A equipa tentou o jogo direto até bem perto do final, sem sucesso. O apito final soou e o campeão nacional pode ver o líder a criar ainda mais distância para o topo.
Zainadine foi o reflexo da enorme prestação defensiva do Marítimo, que entrou com a lição bem estudada e acabou recompensada com um empate frente a uma equipa que luta por outros objetivos, depois de derrotas com Benfica e FC Porto.
Não teve os resultados pretendidos e o Sporting viu-se em dificuldades para entrar no jogo. Os três médios não conseguiram conviver da melhor forma e ouviram várias indicações do treinador durante todo o jogo, sem grandes melhorias.