Foi uma espécie de terceira equipa lusa nestes oitavos de final da Liga dos Campeões, que foi a Stamford Bridge nesta terça-feira. O Lille, com quatro portugueses no onze inicial, lutou, mas viu as suas armas insuficientes perante o campeão em título Chelsea, que mostrou superioridade em todos os parâmetros e um ritmo assinalável para vencer por 2x0.
José Fonte, Tiago Djaló, Xeka e Renato Sanches. Todos os portugueses desta equipa principal do Lille foram lançados na equipa titular, embora Jocelyn Gourvennec, líder de um Lile atualmente no 11º posto da Ligue 1, tenha encontrado dificuldades em Londres.
Não que tenha sido uma surpresa. Afinal, falar do Chelsea de Tuchel é falar de uma das melhores equipas do Mundo e do atual detentor desta conceituada prova. Ainda assim, os primeiros 10 minutos de jogo foram possivelmente os melhores da equipa blue, que se mostrou dependente de Kai Havertz enquanto Romelu Lukaku assistia do banco.
O jovem internacional alemão teve o seu nome nas duas primeiras grandes ocasiões do jogo, nas quais testou Léo Jardim, mas a segunda permitiu conquistar um pontapé de canto, cobrado por Ziyech, através do qual conseguiu bater o guardião ex-Boavista e Rio Ave, com um cabeceamento de cima para baixo.
José Fonte, Tiago Djaló, Xeka e Renato Sanches no 11 do Lille - na fase a eliminar da Champions, só por uma vez uma equipa estrangeira alinhou com tantos 🇵🇹 na equipa titular: APOEL, frente ao Lyon, em 2011/12 (Paulo Jorge, N. Morais, Hélio Pinto e Hélder Sousa) pic.twitter.com/VD8eGJnpuW
— playmakerstats (@playmaker_PT) February 22, 2022
A velocidade do jogo baixou consideravelmente depois do golo e a equipa visitante teve os seus momentos de posse mais prolongada, sob a batuta de um Renato Sanches atrevido e forte enquanto teve gás (muitos furos abaixo na segunda parte), mas as ocasiões foram quase nulas e o intervalo serviu para renovar as intenções inglesas.
Tuchel corrigiu alguns dos problemas da sua equipa, lançou Loftus-Cheek e Saúl para reconquistar o meio-campo (mais tarde apostaria em Malang Sarr para a faixa esquerda) e assim criaram-se condições para um 2x0 que deixa os adeptos mais tranquilos para a visita a França no próximo mês.
Foi Christian Pulisic o homem do golo. Não é o «LeBron James of soccer», nem nada semelhante, mas o camisola 10, quando saudável, continua a ser um jogador de características únicas neste Chelsea. Mostrou bom posicionamento e excelente capacidade de finalização num lance de golo que, de resto, pertence ao génio de N´Golo Kanté - mais uma vez um dos melhores em campo no palco da Champions.
A segunda mão está marcada para o dia 16 de março, sendo que os dogues vão ter de trabalhar muito para incomodar este adversário...
São dois nomes que ficarão para sempre associados à conquista da Liga dos Campeões de 2020/21, e iniciaram a fase a eliminar da nova edição em estilo. O alemão foi o elemento mais perigoso no ataque e, tal como na final do Estádio do Dragão, marcou. Kanté foi fiel a si mesmo e encheu o meio-campo durante os noventa minutos.
Renato Sanches começou bem, mas viu a sua exibição cair a pique, deixando a sensação que brilha muito mais no miolo do que quando joga perto da linha. Xeka cometeu um erro que por muito pouco não deu golo e revelou-se impotente no lance do segundo. Tiago Djaló, central de natureza, também teve dificuldades no lugar que pertencia a Reinildo. O experiente Fonte foi o melhor do quarteto, mas mesmo assim esteve alguns furos abaixo do colega de setor (Botman). Pede-se mais na segunda-mão.
Nada a assinalar no jogo de Gil Manzano. Não houve qualquer lance de relevo a nível de arbitragem.