... complicaram. Um SC Braga pouco incómodo, pouco intenso e com pouca qualidade em Tiraspol, frente a um Sheriff que aproveitou o que havia para aproveitar e leva uma boa vantagem para Portugal, ao vencer o Sporting de Braga por 2x0.
A equipa de Carlos Carvalhal jogou a um ritmo baixo e cometeu erros individuais que o Sheriff não perdoou, complicando bastante a eliminatória e a consequente continuidade bracarense na Liga Europa. Pelo que vimos do adversário, não havia necessidade.
Alguns jogos da Liga Europa dão, muitas vezes, a sensação que são disputados a um ritmo diferente. Talvez seja consequência de jogos à quinta-feira, logo depois de dois dias de Liga dos Campeões. Pode ser, mas esta tarde arriscamo-nos a dizer que não foi esse o caso.
Houve Sheriff q.b e pouco, muito pouco SC Braga. Apesar de jogar fora de casa frente a uma equipa que superou o Shakhtar na fase de grupos da Liga dos Campeões e venceu no Santiago Bernabéu, pedia-se muito mais.
Carlos Carvalhal tinha dito que o efeito surpresa tinha acabado, mas para um SC Braga pouco intenso não houve necessidade de surpresas. O Sheriff, que não tinha jogos oficiais desde dezembro e perdeu vários jogadores no mercado de inverno, entrou melhor e deu uma ideia de que o jogo não ia ser fácil para a equipa de Carlos Carvalhal.
O remate de Iuri Medeiros, pouco depois, podia ter servido como um sinal para os arsenalistas, mas num lance caricato surgiu a infelicidade de Castro, de braço aberto quando não podia estar. Penálti convertido por Thill, numa altura em que o SC Braga parecia estar a crescer.
O golo até fez com que a equipa de Carvalhal aparecesse mais em jogo, mas sempre com pouca intensidade. Ricardo Horta viu um golo ser-lhe tirado em cima da linha, mas não foi mais do que isso. Com dificuldades na construção e pouca inspiração, o Sporting de Braga deixou morrer o jogo.
Na segunda parte, o Sheriff estava como queria. Com linhas baixas e uma equipa concentrada, o conjunto orientado pelo ucraniano Yuriy Vernydub, técnico que já tem experiência em eliminar o SC Braga quando treinava o Zorya, ganhou conforto e esperou pelo erro, que acabou por aparecer.
Novamente numa altura em que o SC Braga parecia estar a melhorar - Francisco Moura entrou muito bem no jogo e quase fez o empate - um erro individual foi fatal para a partida e dificultou bastante a eliminatória. Péssimo domínio de Bruno Rodrigues e Adama Traoré a fazer o 2x0. Não é impossível, mas está complicado.
O golo apareceu quase vindo do céu, apesar da primeira boa iniciativa, mas o Sheriff foi inteligente na abordagem e acabou por aproveitar quando teve nova oportunidade para o fazer. O 2x0 dá uma boa margem à equipa moldava.
Carlos Carvalhal tinha dito que o efeito surpresa tinha acabado, Castro alinhou pelo discurso do território incerto. Apetece dizer que o médio estava certo. O Sporting de Braga deixou-se surpreender e complicou a eliminatória.