O oitavo minuto de compensação voltou a ser, desta vez em noite de Halloween, o pior pesadelo do Vizela, que sofreu no derradeiro lance da partida frente ao Famalicão e permitiu o empate (1x1). Se foi cruel para os vizelenses, a verdade é que acabou por ser justo para o Famalicão, que criou várias oportunidades para justificar os pontos numa partida que prometeu muito no início, baixou de ritmo pelo meio e acabou impróprio para cardíacos.
Quem tem seguido as campanhas de Famalicão e Vizela nesta edição do campeonato sabe que as exibições realizadas e o futebol praticado não está traduzido no número de pontos que ambas as equipas conquistaram. À partida para este dérbi minhoto, inédito no principal escalão do futebol português, as equipas entravam separadas por dois pontos e bem dos lugares do fundo da tabela.
A primeira meia hora foi tal como esperado, apenas sem os golos. Heriberto acertou na barra, Banza também ficou perto em duas ocasiões, mas o cansaço começou a aparecer na reta final do primeiro tempo. A chuva que caía cada vez de forma mais intensa tornou o relvado mais pesado e isso também pode ter ajudado ao baixar do ritmo.
Se o arranque da partida prometeu, o mesmo não se pode dizer do recomeço após o descanso. O ritmo não voltou a subir e a escassez de oportunidades dos últimos minutos da primeira parte voltou a ser uma realidade. A jogar em casa, e com a ligeira preocupação de poder voltar a passar uma jornada nos lugares de despromoção, os famalicenses pegaram no jogo, mas a linha defensiva vizelense estava em noite particularmente inspirada e iam cortando o que lhe aparecia pelo caminho.
Só que o destino tinha mais uma cena guardada, de um filme bem recente na memória dos vizelenses. É que, tal como aconteceu na última jornada, em que o Benfica levou os três pontos no último lance do jogo, o minuto 90+8 voltou a ser cruel para a turma Álvaro Pacheco.
Num canto da direita do ataque do Famalicão, Pepê levantou e Dylan Batubinsika cabeceou para o golo do empate que deu, de certa forma, alguma justiça ao resultado final, por tudo o que fizeram durante a partida. Para o Vizela, voltou a ser penalizador o 90+8, mas desta vez com direito a um ponto.
As duas equipas estão habituadas a realizar exibições interessantes e voltaram a fazê-lo. Apesar do período intermédio, em que o cansaço também causado pelo peso do relvado fez baixar o ritmo, foi um bom espetáculo de futebol.
O recém-promovido Vizela está a dar os primeiros passos no principal escalão e o próprio técnico já tinha alertado para a inexperiência de grande parte do plantel. A Na última jornada deixaram escapar o empate no último lance da partida e esta noite voltou a acontecer, agora de bola parada.
Partida relativamente fácil de ajuizar, em que André Narciso não teve de tomar decisões complicadas. No capítulo disciplinar manteve o critério. Minutos de compensação adequados.