Só faltava vencer adversários da Bulgária e, na primeira tentativa da temporada, o SC Braga foi até Razgrad bater (0x1) o Ludogorets e completar o pleno de países europeus. Os minhotos marcaram cedo por intermédio de Ricardo Horta e deixaram a iniciativa para o rival, que não foi capaz de justificar outro resultado, sem ter criado uma única grande oportunidade de perigo.
Estes Guerreiros têm aparecido, sobretudo nos anos recentes, em grande plano no panorama europeu, mas, depois da derrota na Sérvia na jornada inaugural, ficaram com terreno por recuperar. O primeiro passo começou na segunda parte da partida frente ao Midtjylland, com a reviravolta que permitiu somar os primeiros pontos no grupo. Para a Bulgária, Carvalhal apresentou uma equipa na máxima força, com os descansados Ricardo Horta, Al Musrati e Paulo Oliveira entre os eleitos.
A entrada poderia prometer uma passagem tranquila pela Ludogorets Arena e o golo traduziu bem o excelente arranque. Já depois de Iuri Medeiros ter atirado ao poste, Ricardo Horta mostrou como se faz, numa jogada a papel químico, num cruzamento atrasado de Sequeira.
E dizemos que a entrada prometeu porque o domínio foi tanto no primeiro quarto de hora, que a reação dos búlgaros acabou por ofuscar tudo o que os minhotos fizeram até lá. O SC Braga recuou no terreno, permitiu o crescimento do Ludogorets e deixou de ter o controlo do jogo. Josué Sá ainda deixou um alerta, mas estava em posição irregular na altura em que foi batido o livre lateral.
Depois disso, entre domínio inconsequente dos búlgaros e tentativas sem critério dos portugueses, o intervalo chegou depois de uma oportunidade de Pieros Sotiriou, a grande figura da equipa.
O recomeço voltou a trazer um SC Braga perigoso, com Galeno a testar Kahlina, só que foi sol de pouca dura porque voltou a tendência de dar a iniciativa ao adversário. Não é que essa estratégia não estivesse a resultar, porque quando tinham a bola, os búlgaros não mostravam argumentos para assustar verdadeiramente Matheus, mas dava a sensação de que bastaria acelerar um pouco para resolver o jogo.
Ainda assim, os minutos foram passando e, apesar da vantagem ser apenas margem mínima, o Ludogorets nunca se mostrou verdadeiramente perigoso para justificar outro resultado. Mario González ainda acertou na barra, mas faltou o acerto para aumentar a vantagem. Valeu pelos três pontos e as boas notícias que chegaram da Dinamarca, com o empate a um entre os rivais do grupo. A liderança está apenas a um ponto.
Depois do golo, a iniciativa passou para os búlgaros e, ainda que isso pudesse significar um grande caudal ofensivo, os homens da casa quase não tiveram oportunidades perigosas e muito disso se deve à consistência defensiva dos minhotos.
O desfecho foi o desejado porque resultou numa vitória do SC Braga, mas, frente a um adversário bem inferior em termos individuais, exige-se um maior domínio. Dar a iniciativa pode ter sido a estratégia correta, mas para o espetáculo deixou a desejar.