Se há jogos em que a expressão «duas partes distintas» pode ser utilizada, o Liverpool x Chelsea foi um desses jogos. Os golos aconteceram apenas na primeira parte, mas o que aconteceu antes do intervalo levou a uma segunda parte totalmente diferente, com o Liverpool a tentar, sem sucesso, desfazer a igualdade (1x1) que havia sido construída nos primeiros 45 minutos.
O início foi equilibrado, embora a primeira grande ocasião tenha pertencido ao Liverpool. Henderson, em excelente posição, desperdiçou uma bola de golo de Alexander Arnold. Muito melhor fez Kai Havertz, que, na sequência de um canto, bateu Alisson Becker, de cabeça.
O golo obrigou a equipa de Jürgen Klopp a procurar armas diferentes para ameaçar a baliza de Mendy, mas o meio-campo dos Blues estava a conseguir controlar a partida sem grandes dificuldades. Tudo isto até que, também na sequência de um pontapé de canto, uma enorme confusão só não deu golo porque Reece James tirou em cima da linha de baliza... com o braço.
Já com Diogo Jota em campo - Klopp não esperou pelo intervalo e lançou o português para o lugar de Firmino - e sem Reece James, que foi expulso na sequência do lance, Salah fez, de penálti, o golo do empate, seguindo-se o intervalo pouco depois.
Na segunda parte, novo jogo, com o meio-campo do Liverpool praticamente vazio e do Chelsea povoado. Na fase de maior aperto, Mendy impediu duas vezes a reviravolta do Liverpool, mas a equipa de Jürgen Klopp não conseguiu aproveitar da melhor maneira a superioridade numérica. Os Reds abusaram dos cruzamentos para a baliza e facilitaram o trabalho de Thiago Silva, Azpilicueta e Rudiger, que, a par do guardião londrino, foram fundamentais para manter o empate, que durou mesmo até final.
Pela primeira vez nesta edição da Premier League, Chelsea e Liverpool perderam pontos, mas desta vez só mesmo a equipa de Jürgen Klopp terá ficado com essa sensação.
1-1 | ||
Mohamed Salah 45' (g.p.) | Kai Havertz 22' |