Leixões despertou cedo para ganhar um duro duelo do litoral

Depois desta noite, tudo fica ainda mais complicado para o Varzim e mais tranquilo para o Leixões. Os homens de Matosinhos foram à Póvoa de Varzim conquistar os três pontos, num jogo em que a entrada madrugadora dos leixonenses viria a ser decisiva, assim como a longa resistência da equipa visitante enquanto os poveiros procuravam pelo menos o empate.

A equipa de José Mota entrou bem melhor na partida e Joca abriu o marcador logo aos dois minutos de um primeiro tempo entre duas equipas muito aguerridas - cinco amarelos logo nos primeiros 45 minutos -, ambas claramente à procura de três pontos preciosos para a luta pela manutenção.

©Vítor Parente / Kapta+

O golo do número 30 do Leixões, que apareceu na zona dos centrais adversários para atirar a contar, lançou novo alerta na Póvoa de Varzim bem cedo e a equipa comandada por António Barbosa reagiu com alguns ataques que poderiam bem ter trazido o empate: Ahmed bateu um livre em que fez a bola passar rasteira perto do poste, Fatai atirou cruzado com perigo pouco depois.

O Leixões via-se com o resultado do seu lado, mas ameaçado pelos ataques velozes dos varzinistas, que além de Fatai tinham também Agdon e Patrick como setas apontadas à baliza de Stefanovic, além das incursões ofensivas de Ahmed. Mais atrás, os poveiros iam crescendo nas disputas de bola - encorajados pelo central Luís Pedro e pelo próprio treinador - depois de um arranque em que o Leixões tinha conseguido ser mais ameaçador.

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Os poveiros insistiram na procura do resultado para lá do intervalo, primeiro procurando tirar melhor partido de lances de bola parada e ataques rápidos. No ataque à entrada da grande área dos leixonenses, Ahmed chegou a ter tudo para fazer o golo, mas faltou-lhe o melhor acerto. O Leixões jogava com o cronómetro nos momentos de maior ímpeto ofensivo dos anfitriões - que se queixaram da frequência com que jogadores visitantes foram assistidos -, mas não deixou de estar atento a hipóteses de chegar ao segundo golo que daria tranquilidade.

António Barbosa mexeu como pôde: começou por abdicar de um dos médios de contenção - Diarra - para lançar mais um extremo - Lessinho -, chegando em determinada fase a ter quatro avançados na luta pelo resultado, com Ahmed nas costas e apenas André Leão como médio de contenção. No entanto, além do discernimento que faltava no último terço faltava critério mais atrás e o técnico acabou por trocar Agdon por outro médio de construção, Rui Moreira.

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Os varzinistas ganhavam mais presença no meio-campo, mas continuavam a não conseguir decidir da melhor forma no ataque, tendência que se manteve também com as entradas de Ofosu e Irobiso para os últimos minutos. Os leixonenses ainda ficaram reduzidos a dez homens nos longos minutos de descontos, por expulsão de Encada, mas aguentaram a vantagem mínima até ao último apito e, assim, os três pontos fizeram também a curta viagem da Póvoa de Varzim até Matosinhos.

O Leixões fica mais tranquilo no que toca à manutenção, chegando aos 29 pontos, enquanto o Varzim continua no penúltimo posto com apenas 18, mais um do que o lanterna-vermelha FC Porto B, e continua a precisar urgentemente das vitórias que escapam.